Catarina Martins diz que não se deve falsificar a história com o 25 de Novembro
Candidata presidencial alega que foi o 25 de Abril de 1974 que mudou tudo.
A candidata presidencial Catarina Martins, apoiada pelo Bloco de Esquerda, defendeu, esta segunda-feira, que não se deve falsificar a história, alegando que foi o 25 de Abril de 1974 que mudou tudo e não o 25 de Novembro.
"É bom não falsificar a história e o 25 de Abril, esse sim é que mudou tudo. É por isso que é o 25 de Abril que celebramos", afirmou, no final de uma visita ao Centro de Alto Rendimento, em Sangalhos, no concelho de Anadia, distrito de Aveiro.
Em resposta aos jornalistas, que lhe perguntaram se fazia sentido celebrar o 25 de novembro, Catarina Martins lembrou que foi a Assembleia da República quem decidiu celebrar a data e convidar o Presidente da República.
"O Presidente da República deve estar presente, não só por dever institucional, mas também porque tem a última palavra. E é bom usar essa última palavra para lembrar que a democracia nasceu do 25 de Abril, que derrubou a ditadura", sustentou.
De acordo com a candidata presidencial, com o 25 de Novembro Portugal continuou com a mesma Assembleia Constituinte, o mesmo Governo e não se registou qualquer dissolução.
"Houve sim uma relação de forças militares que mudou e, felizmente, foram derrotados aqueles que queriam ilegalizar a esquerda, que queriam um regime autoritário, que andaram durante todo um verão a pôr bombas nos partidos de esquerda ou em sindicatos", concluiu.
As eleições presidenciais estão marcadas para 18 de janeiro de 2026.
Esta é a 12.ª vez (incluindo as duas voltas das eleições de 1986) que os portugueses são chamados, desde 1976, a escolher o Presidente da República em democracia.
Além de Catarina Martins (apoiada pelo BE), anunciaram as suas candidaturas João Cotrim Figueiredo (apoiado pela Iniciativa Liberal), António Filipe (com o apoio do PCP), António José Seguro (apoiado pelo PS), André Ventura (apoiado pelo Chega), Henrique Gouveia e Melo, e Jorge Pinto (apoiado pelo Livre), Luís Marques Mendes (apoiado pelo PSD e pelo CDS-PP), entre outros.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt