Catarina Martins quer fomentar debates de futuro em campanha "sem meios"
Candidata vai percorrer oito dos 18 distritos durante as duas semanas de campanha.
Numa campanha "praticamente sem meios", a candidata presidencial Catarina Martins vai percorrer oito dos 18 distritos durante as duas semanas de campanha, que quer aproveitar para falar sobre os problemas das pessoas e lançar sementes para debates de futuro.
Será uma "campanha muito diferente, praticamente sem meios", antecipou Catarina Martins, durante uma conversa com jornalistas sobre a campanha para as eleições presidenciais de 18 de janeiro, que arranca oficialmente no domingo.
Durante as duas semanas que antecedem o ato eleitoral, a candidata vai percorrer oito dos 18 distritos portugueses e começa na região Norte, com uma visita à 'Invicta'.
Além do distrito do Porto, onde estará quatro vezes, Catarina Martins vai passar também por Aveiro, Santarém, Viseu, Coimbra, Setúbal, Braga e Lisboa -- o distrito com maior número de ações planeadas.
Com um orçamento "muito reduzido" -- o orçamento entregue ao Tribunal Constitucional é de 50.450 mil euros, em linha com a subvenção que espera alcançar, mas a direção de campanha prevê gastar abaixo desse valor -- Catarina Martins disse que será uma campanha diferente, à base do contacto com a população.
O objetivo é discutir a vida das pessoas, os problemas que afetam os portugueses, mas também o futuro e, para isso, a candidata organiza três laboratórios de discussão, que descreveu como uma espécie de `Presidências Abertas´.
A discussão será centrada no futuro, e nas questões digitais em particular, no ambiente, e na felicidade, com o desafio de "construir cidades para as pessoas" em cima da mesa.
Por outro lado, Catarina Martins tem também planeadas visitas a associações que considera representarem bons exemplos, como a SOS Animal, em Lisboa.
"A lógica é a de reinventar Portugal e fomentar debates de futuro", explicou fonte da campanha.
As eleições presidenciais estão marcadas para 18 de janeiro de 2026 com 11 candidatos, um número recorde.
Os candidatos são Gouveia e Melo, Luís Marques Mendes (apoiado pelo PSD e CDS), António Filipe (apoiado pelo PCP), Catarina Martins (Bloco de Esquerda), António José Seguro (apoiado pelo PS), o pintor Humberto Correia, o sindicalista André Pestana, Jorge Pinto (apoiado pelo Livre), Cotrim Figueiredo (apoiado pela Iniciativa Liberal), André Ventura (apoiado pelo Chega) e o músico Manuel João Vieira.
Esta é a 11.ª eleição, em democracia, desde 1976, para o Presidente da República.
A campanha eleitoral decorre de 04 a 16 de janeiro.
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