Cavaco Silva lembra "verticalidade moral", competência e humor de Laborinho Lúcio

Antigo chefe de Estado recorda que Laborinho Lúcio conquistou a sua confiança pela sua "clarividência e competência".

23 de outubro de 2025 às 11:50
Aníbal Cavaco Silva Foto: Tiago Petinga/Lusa
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O antigo primeiro-ministro e Presidente da República Cavaco Silva manifestou esta quinta-feira pesar pela morte de Laborinho Lúcio, que foi seu ministro da Justiça, recordando-o como "homem de grande verticalidade moral", competência e sentido de humor.

"Foi com profundo pesar que tomei conhecimento da morte do juiz conselheiro Álvaro Laborinho Lúcio, que foi ministro da Justiça nos meus Governos, homem de grande verticalidade moral, extremamente competente e possuidor de um extraordinário sentido de humor", declarou Cavaco Silva numa declaração escrita enviada à Lusa.

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O antigo chefe de Estado e de governo recorda que Laborinho Lúcio conquistou a sua confiança pela sua "clarividência e competência" e que deu sempre "apoio político muito firme às suas propostas, elaboradas com enorme qualidade técnica".

"Enquanto ministro, levou a cabo importantes reformas na legislação, desde o Código Penal ao Código do Processo Civil, mas também inovou em áreas que ainda não tinham enquadramento, como a lei de combate à droga, contra o branqueamento de capitais e de combate à corrupção", destaca.

Cavaco Silva sublinha ainda que "à sua notável prestação como governante acrescem outros serviços relevantes ao nosso país, como juiz, como último ministro da República para os Açores, como autarca na sua terra, a Nazaré, e como cidadão ativo junto das mais variadas causas".

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Álvaro Laborinho Lúcio foi secretário de Estado da Administração Judiciária e ministro da Justiça, com Cavaco Silva, e ministro da República para os Açores, durante a presidência de Jorge Sampaio.

Foi também Procurador da República junto do Tribunal da Relação de Coimbra, inspetor do Ministério Público, Procurador-Geral-Adjunto da República, diretor da Escola da Polícia Judiciária e do Centro de Estudos Judiciários.

Na Nazaré, foi presidente da Assembleia Municipal.

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Recentemente, integrou a Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica Portuguesa.

Estreou-se na escrita de ficção narrativa em 2014, com "O Chamador", na Quetzal, editora pela qual lançou mais quatro títulos até ao ano passado.

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