Assunção Cristas anuncia Nuno Melo como cabeça de lista às europeias

Lobo Xavier lidera lista da presidente do CDS-PP ao Conselho Nacional.

10 de março de 2018 às 14:08
Assunção Cristas no congresso do CDS-PP Foto: Paulo Novais/Lusa
Assunção Cristas no congresso do CDS-PP Foto: CMTV
Assunção Cristas no congresso do CDS-PP Foto: CMTV
Assunção Cristas no congresso do CDS-PP Foto: Paulo Novais/Lusa
Assunção Cristas no congresso do CDS-PP Foto: Paulo Novais/Lusa
Adriano Moreira com Assunção Cristas no congresso do CDS-PP Foto: Paulo Novais/Lusa

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A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, anunciou este sábado que o vice-presidente Nuno Melo será o cabeça de lista do partido nas europeias no próximo ano, em eleições a que os democratas-cristãos concorrerão sozinhos.

"Queria dizer-vos em primeira mão que proporei aos outros órgãos do partido que seja, não apenas o nosso eurodeputado, mas também o nosso cabeça de lista às próximas eleições europeias", anunciou Assunção Cristas, perante o 27.º Congresso do CDS-PP, que decorre até domingo em Lamego (Viseu).

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Assunção Cristas fez questão de chamar ela própria ao palco Nuno Melo, a quem deu um abraço antes de o eurodeputado começar a sua intervenção.

Lobo Xavier lidera lista de Assunção Cristas ao Conselho Nacional

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O antigo líder parlamentar do CDS-PP António Lobo Xavier será o primeiro nome da lista de Assunção Cristas ao Conselho Nacional do partido eleita no domingo no 27.º Congresso, disse à Lusa fonte centrista.

O Conselho Nacional é o órgão máximo entre Congressos, o 'parlamento' do partido.

Galriça Neto, Canto Moniz e Raquel Vaz Pinto na Comissão Executiva

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Isabel Galriça Neto, Graça Canto Moniz e Raquel Vaz Pinto são as novidades na lista proposta pela atual direção do CDS-PP à Comissão Executiva do partido, composta por um terço de mulheres.

De acordo com a lista a que a Lusa teve acesso, o órgão restrito de direção do CDS-PP, que será eleito domingo no 27.º Congresso, mantém Nuno Melo, Adolfo Mesquita Nunes e Cecília Meireles como vice-presidentes.

A lista para a Comissão Executiva proposta pela atual direção não inclui Miguel Moreira da Silva, que integra o Gabinete de Estudos e é vereador na câmara de Lisboa, e Manuel Isaac, empresário agrícola e antigo líder da distrital de Leiria.

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Isabel Galriça Neto é médica, especialista em cuidados paliativos, e deputada à Assembleia da República, destacando-se no combate à eutanásia e pela dignidade em fim de vida, enquanto Raquel Vaz Pinto é professora de Relações Internacionais e tinha integrado a Comissão Política no anterior Congresso, a convite de Assunção Cristas.

Graça Canto Moniz é doutoranda na área da proteção de dados e já integrava o Gabinete de Estudos desde a presidência de Paulo Portas.

João Rebelo, que será o novo coordenador autárquico, Nuno Magalhães, líder parlamentar, Pedro Morais Soares, secretário-geral, Álvaro Castelo Branco, Domingos Doutel, Filipe Anacoreta Correia e Ana Rita Bessa mantém-se na Comissão Executiva.

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As eleições para os órgãos nacionais decorrem domingo de manhã entre as 09h00 e as 12h00, no Pavilhão Multiusos de Lamego, Viseu.

Lobo D'Ávila anuncia que vai abandonar o parlamento no congresso do CDS-PP

O deputado do CDS-PP Filipe Lobo D'Ávila anunciou hoje no Congresso do partido que vai deixar brevemente o parlamento, ressalvando que entre os centristas "não há cisões", "dissidências" ou "birras" e "ninguém atira a toalha ao chão".

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"Desenganem-se os nossos adversários, porque aqui não se repetem os erros do passado. Aqui não há cisões, não há dissidências, aqui não há birras, aqui há paz interior e aqui ninguém atira a toalha ao chão. Aqui, senhora presidente do partido e senhores presidentes de outros partidos, somos já um partido da primeira liga", defendeu Lobo D'Ávila.

No último congresso do CDS-PP, há dois anos, o deputado e ex-secretário de Estado da Administração Interna quebrou a unanimidade em torno da líder do partido, Assunção Cristas, protagonizando uma lista ao Conselho Nacional, que obteve 23% dos votos.

Filipe Lobo D'Ávila agradeceu ao líder parlamentar, Nuno Magalhães, "a amizade de sempre, mas também a amizade dos últimos dois anos".

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Assunção Cristas quer ação para não deixar a doutrina na "vitrine"

A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, defendeu este sábado que tem "a democracia-cristã como eixo da roda", conciliando-a com a sua postura pragmática para "chegar a todos" com propostas, porque "a doutrina não se proclama", "põe-se em ação".

"Que não haja qualquer dúvida: o meu CDS é o CDS que tem a democracia-cristã como eixo da roda - e a expressão é do professor Adriano Moreira -, e assume-se como a casa do centro e da direita em Portugal, a casa das liberdades, juntando conservadores e liberais. Este é o meu CDS", defendeu Assunção Cristas.

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Na sua primeira intervenção ao 27.º Congresso do CDS, em Lamego, apresentando a moção, a líder assumiu ser pragmática porque quer "chegar a todos" e não ser um partido de "nicho".

"Sabendo, sim, que a doutrina não se proclama, mas põe-se em ação, enformando as nossas propostas concretas. Nunca na minha vida, como mulher, mãe, professora, advogada, ou agora presidente do partido, nunca absolutamente nunca, prescindi de valores, de ideais e de inspiração", declarou.

"Mas, para mim os valores não são para estar numa qualquer prateleira ou vitrina: têm que ser colocados em prática, têm de ser postos na rua, em ação, têm de chegar a todos. Meus amigos, estamos na política por todos e para todos", sublinhou.

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Assunção Cristas assegurou não esquecer nem o programa, nem a história do CDS, mas advertiu: "Não me peçam, por um segundo que seja, que me perca em discussões e esqueça de quem precisa de ajuda, de orientação, de apoio, para subir na vida e dar um melhor futuro aos filhos".

"No dia em que nos esquecermos disso, deixaremos de ser um partido, trairemos certamente a memória de Adelino Amaro da Costa e não honraremos a presença de Adriano Moreira", argumentou.

João Almeida defende que partido só deve voltar ao Governo com mais força que em 2011

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O porta-voz do CDS-PP, João Almeida, defendeu hoje que o partido só deverá voltar ao Governo com uma força maior que em 2011, afirmando que os democratas-cristãos não são equidistantes mas também não são dependentes, numa referência ao PSD.

"Não podemos ficar à espera da força dos outros, temos de construir a nossa própria força", defendeu João Almeida, numa intervenção perante o 27.º Congresso do CDS-PP, que decorre até domingo em Lamego (Viseu).

O deputado e antigo líder da Juventude Popular salientou que o CDS-PP não é equidistante em relação aos vários partidos portugueses, mas defendeu que, quanto mais força tiver, menos dependente será e deu como exemplo o último executivo em que participou coligados com os sociais-democratas (2011-2015), depois de terem tido 11,7% dos votos e o PSD 38,6%.

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"Há uma lição que tirámos desse Governo, é que não vale a pena lá voltar com esta proporão de forças (...) Há uma convicção profunda que tenho: se tivéssemos tido mais força naquele Governo, nós não tínhamos ganho as eleições como tínhamos tido a maioria absoluta", disse, referindo-se às legislativas de 2015 em que PSD e CDS concorreram coligados e obtiveram 36,8% dos votos e não conseguiram governar.

Filipe Anacoreta avisa que CDS não será "bengala de conveniência do PSD"

O dirigente do CDS-PP Filipe Anacoreta avisou hoje que o partido não será a "bengala de conveniência" do PSD e defendeu uma clarificação por parte dos sociais-democratas sobre a construção de uma alternativa ao PS.

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Intervindo no 27.º Congresso do CDS-PP, em Lamego (Viseu), Filipe Anacoreta, da Comissão Política Nacional, admitiu que "muitos portugueses gostariam que o CDS se entendesse com o PSD", mas frisou que, pessoalmente, não gostou de ver os sociais-democratas a "posicionar" os democratas-cristãos "à mesma distância do PS".

"Nós não queremos ser bengala de António Costa, mas o PSD tem de perceber que também não seremos nunca a sua bengala de conveniência", declarou.

Para o deputado, se o seu partido "está empenhado exclusivamente em encontrar uma alternativa ao PS" deve "exigir que quem quer trabalhar com o CDS seja claro também".

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"Isto chama-se dar-se ao respeito e o CDS não serve para encontros de conveniência, o CDS gosta de relações sérias e duradouras", avisou.

Antes, o diretor do gabinete de estudos do CDS-PP, Diogo Feio, criticou também o primeiro-ministro considerando que "as pessoas estão cheias" dos "números" de António Costa.

"Temos cada vez mais um primeiro-ministro de direito e um primeiro-ministro de facto, chama-se Mário Centeno e é o cativado-mor da República", ironizou.

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Diogo Feio defendeu que o partido deve apresentar "uma alternativa com uma perspetiva de futuro" tendo em conta que "uma geringonça que se preze é sempre transitória" e o "CDS vai destruí-la no combate e no voto".

Pires de Lima deseja que futuro PM seja do partido mas alerta que adversário é o PS

O ex-ministro da Economia António Pires de Lima afirmou hoje que "seria bom" que o futuro primeiro-ministro fosse do CDS-PP, mas pediu ao partido para não se desfocar e salientou que o adversário é o PS.

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"Em Portugal, a nossa economia não aguenta duas legislaturas movidas a 'geringonça' e é muito importante sentir a força do CDS, a ambição do CDS de ser a âncora de uma alternativa política que dê um novo rumo e um novo primeiro-ministro a Portugal", afirmou Pires de Lima, numa intervenção no 27.º Congresso do CDS-PP, que decorre até domingo em Lamego (Viseu).

Para o antigo dirigente do CDS-PP, "seria bom que esse primeiro-ministro viesse, finalmente, do CDS".

"Devemos lutar por esse objetivo, mas, atenção, não nos devemos desfocar: o nosso adversário não é o PSD, partido amigo e com quem ambicionamos voltar a governar, o nosso adversário é o PS e a esquerda radical e a nossa luta é dar um governo não socialista a Portugal", apelou.

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João Rebelo é o novo coordenador autárquico

O dirigente e deputado João Rebelo será o novo coordenador autárquico do CDS-PP, sucedendo a Domingos Doutel, disseram à Lusa fontes centristas.

A coordenação autárquica a cargo de João Rebelo é uma das novidades dos órgãos do CDS-PP que sairão do 27.º Congresso do partido, que se realiza hoje e domingo, em Lamego, no distrito de Viseu.

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Cerca de 200 novos militantes no palco e delegados gritam "CDS/CDS"

Cerca de 200 novos militantes subiram hoje ao palco do 27.º Congresso do CDS-PP ao som de "Changes" [Mudanças] com um fundo de imagens digitais de `confettis´ e em ambiente de festa para mostrar o "crescimento" do partido.

Os militantes foram recebidos pela presidente do CDS-PP no palco da reunião magna, no Pavilhão Multiusos de Lamego, onde decorre hoje e domingo o Congresso centrista: "Bem vindos a todos, somos muitos e estamos juntos", disse Assunção Cristas.

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Foi o primeiro momento na reunião magna do CDS-PP em que os delegados gritaram "CDS/CDS", muitos de pé, e outros aproveitaram para tirar `selfies´, embalados pelo ritmo da música "Changes" [Mudanças], de Faul & Wad AD vs. Pnau, já utilizada no anterior congresso.

Umas horas antes, um congressista já tinha tentado puxar pelos delegados, propondo antes da sua intervenção a palavra de ordem "CDS/CDS", mas sem sucesso.

"O congresso tem a noção da medida de crescimento do CDS como partido interclassista dirigido a toda a gente, dos mais novos aos mais velhos, dos mais necessitados aos que mais podem", foi a mensagem do presidente da mesa, Luís Queiró.

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O momento da subida dos militantes ao palco foi antecedido da exibição de um vídeo -- recurso por várias vezes usado no primeiro dia do Congresso -- procurando mostrar um "partido que quer chegar a toda a gente".

Assim, surgiram nos ecrãs gigantes do conclave pequenos depoimentos de José Alves, de 50 anos, agricultor de Vinhais, de Emanuel Areias, 21 anos, funcionário público, de Judite de Sousa, cabeleireira de 38 anos da Madeira, Rita Casal, uma engenheira industrial de 35 anos e moradora em Vale de Cambra e de Fernando Santos, 59 anos, sapateiro.

Surgiu também Cristina Mata, uma recém-militante de 75 anos, de Cascais, que disse ter aderido ao CDS-PP por gostar das "coisas ditas e feitas como deve ser".

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De acordo com o secretário-geral do partido, Pedro Morais Soares, aderiram ao CDS-PP nos últimos dois anos 4.166 novos militantes, 200 dos quais presentes como congressistas.

Galriça Neto pede ao partido que não tenha vergonha de fazer debate contra eutanásia

A deputada do CDS-PP e médica Isabel Galriça Neto fez hoje uma intervenção no Congresso contra a legalização da eutanásia, defendendo que este "não é um debate menor" e que o partido "não deve ter vergonha de o fazer".

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"Este não é um debate confessional (...) este é um debate sobre valores e a forma como olhamos os mais vulneráveis: quando está em causa o valor constitucional da proteção da vida humana, estamos conscientes que só é possível estar do lado certo e o lado certo é ser contra a eutanásia", afirmou, numa intervenção muito aplaudida.

Aliás, durante a tarde, foram vários os congressistas, mais ou menos conhecidos, que falaram em Lamego (Viseu) contra uma possível legalização da eutanásia.

Para Isabel Galriça Neto, a resposta para o sofrimento em fim de vida "é uma intervenção técnica e humanizada, os cuidados paliativos".

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"Para nós o problema do sofrimento em fim de vida trata-se cuidando e não eliminando a vida", disse.

A deputada alertou que, com leis semelhantes às que aguardam discussão no parlamento português, "na Holanda praticaram-se mais de 6.500 eutanásias em 2017", incluindo em pessoas com demência ou doença mental.

"Extrapolando estes números para o nosso país, podíamos esperar mais de 1.500 eutanásias em cada ano", disse.

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Isabel Galriça Neto salientou que a sociedade moderna que o CDS-PP pretende "tem na proteção da vida o seu valor central".

"Este não um debate menor e este partido não tem vergonha de o fazer, a sociedade tem de se mobilizar", apelou.

Durante a tarde, foram muitas as intervenções a apoiar a "ambição máxima" da líder do CDS-PP, Assunção Cristas, para o partido, com alguns congressistas a apontá-la mesmo como "a próxima primeira-ministra".

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Também Artur Lima, líder do CDS-PP Açores, alinhou no otimismo: "Pode não ser o maior partido da oposição, mas é seguramente o melhor no Continente e nos Açores".

Tendência Esperança em Movimento apresenta lista ao Conselho Nacional

A Tendência Esperança em Movimento (TEM) vai apresentar uma lista ao Conselho Nacional do CDS-PP alternativa à da líder, Assunção Cristas, disse à Lusa Abel Matos Santos.

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O porta-voz da TEM, Abel Matos Santos, será também o primeiro nome desta lista ao Conselho Nacional.

Partido quer votação do Programa de Estabilidade no Parlamento

A presidente do CDS-PP anunciou que o partido vai, mais uma vez, forçar uma votação no parlamento do Programa de Estabilidade, para "que fique absolutamente claro que as esquerdas estão bem unidas".

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"Iremos mais uma vez levar a votos o Programa de Estabilidade, o Programa de Estabilidade que não é um Programa de Estabilidade qualquer, porque enforma o próximo Orçamento do Estado, que também não é um Orçamento do Estado qualquer, é o Orçamento do ano eleitoral de 2019", anunciou Assunção Cristas.

Na primeira intervenção que fez perante o 27.º Congresso do CDS-PP, em Lamego, de apresentação da moção, a líder centrista justificou este gesto na Assembleia da República para que "fique absolutamente claro que as esquerdas estão bem unidas".

"Como sempre, apresentaremos as nossas propostas alternativas", vincou.

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Os programas de estabilidade não são obrigatoriamente votados no parlamento, mas os partidos podem levar uma resolução a votos, forçando um posicionamento dos partidos.

Líder parlamentar centrista defende que partido tem de fazer "o seu caminho"

O líder parlamentar do CDS-PP elogiou hoje a primeira intervenção da líder do partido no Congresso, em que reiterou que o PSD não é adversário, mas defendeu que os democratas-cristãos têm de "fazer o seu caminho".

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"Sempre fomos claros e eu fico muito contente que a Assunção [Cristas] tenha sido clara, primeiro o CDS tem de fazer o seu caminho para que haja uma maioria de 116 deputados de centro-direita", afirmou Nuno Magalhães, em declarações aos jornalistas, à margem no 27.º Congresso do partido, que decorre até domingo, em Lamego.

Questionado se existe algum "problema" do CDS-PP com o PSD, Nuno Magalhães recusou tal ideia, sublinhando que o adversário dos centristas é "o PS e a maioria das esquerdas".

Por isso, continuou, o CDS-PP tudo irá fazer para que seja alcançada uma maioria de 116 deputados na Assembleia da República, para fazer "um Governo de dois partidos de centro-direita que não fingem que se entendem, que se entendem sem artificialismos, sem teatrinho", sem fingir que é oposição "à segunda, quarta e sexta", e que é Governo "à terça, quinta e sábado".

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"Os portugueses sabem isso, sempre que nos deram capacidade em momentos muito difíceis para assumir o Governo, CDS e PSD souberam fazer das suas divergências, convergências, com ideias diferentes, histórias diferentes e pessoas diferentes conseguiram fazer Governos coesos", sublinhou, lembrando o último executivo liderado por Pedro Passos Coelho, que "salvou o país da bancarrota".

"Cada um tem de fazer o seu caminho, as maiores felicidades para o PSD, o CDS vai trabalhar por si próprio", acrescentou.

Nuno Magalhães deixou ainda elogios ao "belíssimo discurso" da líder do partido, que falou sobre os objetivos do CDS-PP nos próximos dois anos, mas também soube galvanizar o Congresso,

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"Galvanizou, mobilizou e entusiasmou o congresso; é fundamental num líder também", afirmou, considerando que agora é preciso "ir para a rua e trabalhar".

Também em declarações aos jornalistas, o deputado António Carlos Monteiro deixou igualmente elogios ao primeiro discurso de Assunção Cristas no Congresso do CDS-PP, destacando as propostas concretas que apresentou e a ambição mostrada de disputar a "primeira linha".

"Essa deve ser a nossa ambição, mas é preciso trabalhar, nenhum partido é dono dos votos, temos de os merecer", referiu.

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Juventude Popular defende que chegou "o tempo político do CDS"

O líder da Juventude Popular defendeu hoje que chegou o momento de "fazer deste tempo político o tempo do CDS" e afirmar "de forma descomplexada" a ambição de se transformar no "principal partido político" de Portugal.

"O que deve interessar ao Congresso do CDS não é saber com que partido nos devemos colar, nem que manto ideológico devemos vestir para nos confundirmos com a esquerda relativista e 'mainstream'. É saber que respostas devemos apresentar aos portugueses e quebrar, de uma vez por todos, o bipartidarismo que está instalado em Portugal e não serve o interesse dos jovens", afirmou Francisco Rodrigues dos Santos, numa das intervenções mais aplaudidas do 27.º Congresso do CDS-PP, que decorre até domingo, em Lamego.

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O líder da JP defendeu que o lugar do CDS-PP é "a casa grande da direita" e considerou que "ideologia e pragmatismo não são um casal divorciado, mas irmãos siameses"

"Política sem ideologia é como professar uma religião sem ter fé, política sem pragmatismo é como ver o mundo de olhos fechados", afirmou, manifestando-se contra os "adeptos da equidistância, dos que querem vender a alma ao diabo".

Francisco Rodrigues dos Santos retomou uma das ideias da sua moção, "Da JP para o país", e na qual pede que esta estrutura volte e eleger deputados à Assembleia da República.

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"Não queremos parecer pedintes, só se pede aquilo que por mérito próprio e direito legítimo as pessoas podem aspirar", disse, considerando que a presença de antigos líderes da JP no parlamento, como João Almeida ou Pedro Mota Soares, provou a importância desta estrutura "no grande palco da democracia portuguesa".

Antes do líder da JP, coube a Miguel Mattos Chaves falar a seguir à apresentação da moção da presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, altura em que muitos congressistas aproveitaram para sair e ir almoçar, uma vez que o Congresso dos democratas-cristãos não tem pausas.

Apesar de tudo, Mattos Chaves - que já disse que levará a moção "Um serviço a Portugal" a votos - ainda conseguiu recolher aplausos da sala por ter elogiado Assunção Cristas por ser uma presidente do CDS-PP que "finalmente" tem ambição de liderar o centro-direita.

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"Muitos parabéns, Assunção, pela ambição demonstrada", aplaudiu.

Salientando que o facto de ter uma moção com ideias "não significa estar contra", Mattos Chaves deixou algumas sugestões de propostas à líder do partido: formar um 'governo-sombra' e propor medidas fiscais que discriminem positivamente o interior.

Pedro Borges de Lemos, autor da moção "Futuro no Presente", que também poderá ir a votos, foi mais crítico para Assunção Cristas e, dirigindo-se diretamente à líder do partido, disse não conseguir perceber onde quer posicionar o partido.

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"Vossa excelência refere que quer uma maioria de 116 deputados: isso aponta para uma indistinção entre votar no CDS ou no PSD, era importante que o CDS se recentrasse, criasse vocação de Governo e, mais tarde, verificasse se existissem condições de coligação com o PSD", defendeu.

Borges de Lemos referiu ainda que gostaria de ter ouvido de Assunção Cristas "um discurso mais virado para o futuro", defendeu o regresso das eleições diretas, a exclusividade dos políticos e pediu mais atenção ao partido.

"Senhora presidente, é muito importante ouvir Portugal, mas, mais importante que ouvir Portugal, é ouvir militantes", afirmou, numa referência a uma iniciativa lançada por Assunção Cristas e que se destina a abrir o partido a independentes.

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O vereador do CDS-PP na Câmara Municipal de Lisboa João Gonçalves Pereira e autor da moção global "Compromisso de Gerações" elogiou a estratégia definida por Assunção Cristas no Congresso de há dois anos.

"Estava certa, a Assunção Cristas chega ao Congresso com missão cumprida", disse.

João Gonçalves Pereira fez questão de desvalorizar uma suposta dicotomia entre o pragmatismo e a tradicional ideologia democrata-cristã.

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"A Assunção Cristas, o Nuno Melo, o Telmo Correia, o Filipe Lobo d'Ávila, não são verdadeiros democratas-cristãos? Alguma dúvida com isto? Não devíamos estar a perder tempo com isto", defendeu, numa posição partilhada por Fernando Moura e Silva, que apresentou a moção da Federação dos Trabalhadores Democratas-Cristãos.

"O importante é fazer do CDS o pivô da política portuguesa, um partido para todos os que se reveem nos seus valores", acrescentou Moura e Silva.

Mota Soares propõe plano contra o "poucochinho socialista"

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O deputado e dirigente democrata-cristão Pedro Mota Soares apresentou hoje nove propostas para revitalizar o território nacional, argumentando que o CDS não se contenta com o "poucochinho socialista".

Primeiro subscritor de uma moção setorial designada "Portugal, Território e Mar", Mota Soares apresentou ao 27.º Congresso do CDS-PP, que decorre em Lamego, no distrito de Viseu, nove propostas para revitalizar o país, em especial para um país o interior.

"Não nos contentamos com esse país do poucochinho socialista, de um PS que fala do interior, promete um estatuto fiscal para o interior, mas depois chumba as propostas do CDS para baixar o IRC, o IRS para o interior do país", criticou.

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Mota Soares defendeu a criação de "zonas francas" no interior do país com condições de "competitividade fiscal" superiores às de Lisboa e do Porto e condições para "uma reforma do território mesmo que isso passe por voluntariamente fundir municípios" para que ganhem dimensão na negociação da transferência de competências com o Estado.

O deputado propôs a criação de uma "Unidade de Missão para a Reconstrução" que avance com "medidas urgentes" para que "nunca mais se repita a tragédia de 2017", referindo-se aos incêndios do verão de 2017, que vitimaram mais de uma centena de pessoas.

Uma política agrícola que "promova a coesão do território nacional" foi também defendida por Mota Soares.

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A deputada Ana Rita Bessa apresentou uma moção setorial sobre Educação propondo a "universalização da educação pré-escolar", envolvendo a rede pública, privada e social e propôs a erradicação "do insucesso escolar aos sete anos".

"Todos os anos há sete mil crianças que não são ensinadas a ler e a escrever, sabemos as causas e em que escolas acontece", afirmou, considerando que aquela "situação inaceitável" requer "atuação local específica".

Com uma moção designada "Nós, interior", Henrique Monteiro alertou para o envelhecimento e a desertificação das regiões interiores do país, questionando "como pode uma região sobreviver apenas com população idosa?".

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Um "plano estratégico de desenvolvimento para o transporte aéreo", uma moção em defesa da região autónoma da Madeira, uma centrada no papel das freguesias e do poder local, e um documento que propõe a criação do estatuto de "jovem empresário rural" foram também apresentadas.

Contudo, a discussão destas moções será feita apenas em Conselho Nacional, após a realização do 27.º Congresso, que termina domingo em Lamego, Viseu.

Melo defende que "pactos com este PS" seriam "pactos com o Belzebú"

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O vice-presidente do CDS-PP Nuno Melo defendeu hoje que "pactos com este PS", nunca "nesta vida seriam pactos de regime", mas "pactos com o Belzebú".

"Pactos com este PS, de mão dada com o PCP e o Bloco, nunca nesta vida seriam pactos de regime, seriam, quanto muito, pactos com o Belzebú, e para esses nós não estamos cá. E, se no final, só sobrarmos nós aqui e no parlamento a fazer oposição ao PS, assim seja. Seremos nós e continuaremos eficazes, como até hoje", defendeu Nuno Melo perante o 27.º Congresso do CDS-PP.

O vice-presidente centrista, anunciado como recandidato ao Parlamento Europeu, defendeu igualmente que os centristas não disputam o "espaço político do PSD", mas "para crescer" e que "os votos não têm dono".

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Melo saudou o ex-líder do PSD, Pedro Passo Coelho, mas também o atual presidente social-democrata, Rui Rio, no que foi aplaudido pelo Congresso, mas uma das maiores ovações aconteceu quando criticou a deputada do BE Joana Mortágua, por um comentário acerca do Cristo Rei, em Almada.

"Uma dirigente do BE escreveu no 'Twitter', que é um espaço muito interessante, como gosta muito quando atravessa a ponte de não conseguir ver Jesus Cristo em Almada. Eu queria, basicamente, ao BE, gostaria de deixar toda a nossa caridade cristã, toda a nossa caridade cristã", começou por dizer.

"Mas para o BE também todo o nosso combate político, porque o BE significa a tentativa de destruir tudo aquilo em que nós acreditamos, inclusivamente pela falta de respeito por aquilo que devia ser afastado, por decência, do essencial do debate político. Com a religião não se brinca, com a fé dos outros não se brinca", defendeu, levando o Congresso a um prolongado aplauso de pé.

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A deputada e vereadora em Almada escreveu na rede social Instagram, citada pelo Correio da Manhã: "Não sei se isto é politicamente incorreto, mas gosto quando não se vê o cristo #almada". Esta foi a legenda escolhida por Joana Mortágua para acompanhar uma imagem em que o monumento foi ocultado por nuvens e chuva.

Posteriormente, a deputada apagou o comentário, mas manteve a fotografia e esclareceu: "Isto foi em tempos uma piada, retirada por algumas pessoas se terem sentido ofendidas, o que não era o objetivo, fica a foto da ponte que eu gosto".

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