"Cortar a direito pela decência": André Ventura aponta critério do Chega sobre casos de corrupção

"Não há dois pesos e duas medidas" para o partido em relação a Miguel Albuquerque e António Costa.

27 de janeiro de 2024 às 19:20
André Ventura Foto: Estela Silva
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André Ventura comparou as suspeitas de corrupção na Madeira com a Operação 'Influencer', durante um discurso proferido este sábado no Congresso Eleitoral do Chega. "Para nós só há um critério: cortar a direito pela decência", apontou.

Para o Chega, "não há dois pesos e duas medidas" em relação ao presidente do Governo Regional da Madeira e ao primeiro-ministro. "O próprio Miguel Albuquerque disse que António Costa devia demitir-se. Fez uma figura caricata e o pior é a reação de Luís Montenegro [presidente do PSD]", notou André Ventura. 

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Na quarta-feira, o Ministério Público e a Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária realizaram uma megaoperação judicial na Madeira e no Continente. O presidente do Governo Regional é suspeito dos crimes de corrupção, participação económica em negócio e prevaricação, para além da eventual violação das regras comunitárias em matéria de adjudicação. 

"A preocupação dos outros partidos é que nós possamos beneficiar com estes casos. Acham que mais vale estarmos calados. Não vamos estar calados, pela decência que Portugal tem de ter", sublinhou o presidente do Chega.

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Perante a "enorme podridão por este País fora", a "cultura instalada nos dois maiores partidos" é de compactuar com os casos de corrupção, na ótica de André Ventura. "Os portugueses reconhecem que nós não chegámos só agora ao tema da corrupção", enfatizou.

Na sexta-feira, Miguel Albuquerque anunciou a renúncia ao cargo de presidente do executivo regional. O sucessor será conhecido na segunda-feira.

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