Mil milhões entalam Costa
Corte de mil milhões nos apoios sociais aqueceu debate.
O derradeiro debate entre o líder da coligação Portugal à Frente e o secretário-geral do PS reacendeu a disputa política. O ponto alto do frente a frente aconteceu quando Passos Coelho questionou António Costa sobre como vai cortar mil milhões de euros nas prestações sociais nos próximos quatro anos. O líder socialista atrapalhou-se na resposta, só deu explicações um pouco mais detalhadas à saída do debate e foi forçado a voltar a explicar-se no Facebook.
Pegando nos números do cenário macroeconómico que sustenta o programa eleitoral do PS, Passos lançou a pergunta: "Que prestações não estão ainda sujeitas a condições de recursos que o dr. [António Costa] acha que podem permitir a Segurança Social poupar mil milhões de euros?"António Costa não respondeu diretamente, adiantando apenas que a medida "será negociada no momento próprio em Concertação Social". A falta de respostas concretas do líder do PS levou mesmo um dos moderadores do debate – transmitido em simultâneo pelas três rádios nacionais Antena 1, RR e TSF – a cortar a palavra a Costa.
O programa socialista prevê a generalização da aplicação da chamada condição de recursos – regras mais apertadas para a atribuição de apoios – a todas as prestações sociais não contributivas (que não resultam dos descontos). O líder do PS teve dificuldades em elencar as prestações que não estão sujeitas à condição de recursos. Por isso, o líder do PSD reforçou o ataque: "Mil milhões de euros é muito dinheiro em quatro anos e terá de dizer que prestações serão afetadas por isto. Se não sabe, é porque lhe puseram um número à frente que o senhor não sabe a que diz respeito."
António Costa não respondeu diretamente, adiantando apenas que a medida "será negociada no momento próprio em Concertação Social". A falta de respostas concretas do líder do PS levou mesmo um dos moderadores do debate – transmitido em simultâneo pelas três rádios nacionais Antena 1, RR e TSF – a cortar a palavra a Costa.
Já no final, e após um compasso de espera onde esteve reunido com a equipa de campanha, o líder do PS explicou que o programa do PS prevê uma poupança anual de cerca de 250 milhões de euros num bolo de despesa com prestações não contributivas de 5,7 mil milhões de euros". E ripostou acusando Passos de querer esconder "o seu verdadeiro programa que é o de privatização do Estado social". Pouco tempo depois, no Facebook, António Costa escreveu que "o caso do debate" "esconde a verdadeira falta de boas contas da coligação" e insistiu que a redução da despesa vale apenas 4% no orçamento da Segurança Social.
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Já no final, e após um compasso de espera onde esteve reunido com a equipa de campanha, o líder do PS explicou que o programa do PS prevê uma poupança anual de cerca de 250 milhões de euros num bolo de despesa com prestações não contributivas de 5,7 mil milhões de euros". E ripostou acusando Passos de querer esconder "o seu verdadeiro programa que é o de privatização do Estado social". Pouco tempo depois, no Facebook, António Costa escreveu que "o caso do debate" "esconde a verdadeira falta de boas contas da coligação" e insistiu que a redução da despesa vale apenas 4% no orçamento da Segurança Social. ----
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