Costa quer um país "pró-ativo" no acolhimento de refugiados
Líder do PS defende a criação de uma política comum de asilo.
O secretário-geral do PS considerou esta terça-feira fundamental a existência de uma política comum europeia de asilo e defendeu que Portugal tem o dever e a capacidade de assumir uma posição "pró-ativa" no acolhimento de refugiados.
A questão relativa à enorme vaga de refugiados que aflui ao espaço europeu foi por várias vezes colocada por internautas ao líder socialista durante a sessão de 'live streaming' em que participou a partir da sede nacional do PS, em Lisboa.
Ao longo de hora e meia de respostas orais às perguntas escritas formuladas pelos internautas, Costa referiu-se por duas vezes a este assunto, a segunda das quais para corrigir a perspetiva de um cidadão que encarava o acolhimento de refugiados como um problema a prazo para Portugal.
"Não é um problema. É antes uma oportunidade", contrapôs o secretário-geral do PS, já depois de se referir genericamente a questões nacionais como a desertificação de vastas zonas do interior do país e à evolução demográfica.
Para o secretário-geral do PS, o que se passa com os refugiados atualmente "é um infeliz exemplo de como existe Europa a menos, quer na gestão dos conflitos que deram origem a esses refugiados, quer ao nível da cooperação em termos de desenvolvimento, mas também no acolhimento solidário a dar aos que procuram a Europa".
No caso de Portugal, Costa começou por invocar a sua experiência como ministro de Estado e da Administração Interna do primeiro executivo de José Sócrates em relação à política de acolhimento de refugiados para em seguida defender uma atitude mais dinâmica do país neste domínio. "Acho que Portugal tem todo o interesse em ser pró-ativo, porque temos zonas do país que se têm vindo a desertificar e temos um problema demográfico acentuado. A área dos refugiados é uma área da política europeia em que temos o dever e a capacidade de sermos mais pró-ativos. Esperamos que Portugal o seja no futuro", acrescentou.
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