António Costa responde a condições de Cavaco

Líder do PS volta a encontrar-se com o Presidente da República.

24 de novembro de 2015 às 01:00
PS, António Costa, Presidente da República, Chefe de Estado, BE, PCP, Os Verdes, Belém, Cavaco Silva Foto: Luís Filipe Catarino/Presidência da República
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Construtiva", "respeitosa" e "institucional". É assim que vários dirigentes do PS descrevem a carta que o líder do partido, António Costa, enviou esta segunda-feira ao final da tarde ao Presidente da República para responder às seis exigências impostas pelo Chefe de Estado para a formação de um governo do PS. O líder socialista é recebido esta terça-feira, às 11h00, por Cavaco Silva.

As garantias pedidas pelo Presidente estão plasmadas no programa de governo do PS – aprovado pela comissão nacional de dia 7 de novembro –, pelo que a carta enviada por Costa a Cavaco inclui excertos desse mesmo documento, segundo fontes socialistas ouvidas pelo Correio da Manhã.

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Ao que o CM apurou, o líder socialista fez questão de frisar, na resposta ao Chefe de Estado, que o que Cavaco tem pela frente é um governo PS e que todas as questões sobre regras orçamentais e matérias relacionadas com os compromissos internacionais na área da defesa fazem parte da história do partido. "Não é um documento de confronto", adianta uma outra fonte.

António Costa baseou toda a estratégia em garantir o apoio do partido ao acordo à esquerda num único argumento: o que dá consistência a um Executivo do PS é o seu programa. Foi o próprio líder socialista que redigiu, durante a tarde desta segunda-feira, na sede socialista, no largo do Rato, a resposta ao Chefe de Estado, com um núcleo restrito de dirigentes.

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Entre as exigências do Presidente da República, que esta segunda-feira ouviu António Costa durante 34 minutos, está a garantia de viabilização de, pelo menos, o Orçamento do Estado de 2016 e do cumprimento de compromissos internacionais.

Tudo para "uma solução governativa estável, duradoura e credível". Para Cavaco, os acordos com o BE, o PCP e Os Verdes têm questões omissas e os documentos são "assimétricos".

Dentro do PS, a convicção é de que Belém anunciará a decisão esta semana, indigitando António Costa. O próprio já tem tudo preparado: equipa governativa – com nomes sondados – e um plano orçamental.

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