"É por ser calceteiro? Por ser da aldeia?": Tino de Rans excluído de debates pondera desistir de candidatura a Belém
Vitorino Silva diz que é "o português mais amado e o mais gamado". Decisão final tomada no dia 13, após ouvir a filha.
Vitorino Silva, conhecido por Tino de Rans, pondera desistir da candidatura à Presidência da República por não ter sido convidado para os debates televisivos. "A RTP, a SIC e a TVI deixa-me sempre de fora. E porquê? É por ser calceteiro? É por ser de uma aldeia?", questiona, lembrando que, se acabar por avançar, esta é a terceira vez que tenta chegar a Belém, depois de ter concorrido em 2016 e em 2021. Numa e noutra ocasião, só foi incluído nos frente-a-frente pela televisão pública e após ter protestado contra a exclusão.
"Não me sinto inferior a ninguém. O almirante é independente e vai aos debates", diz ao CM, concluindo: "Eu sou o português mais amado e o mais gamado". Tino, natural de Rans, no concelho de Penafiel, já tem mais de 5 mil das 7500 assinaturas necessárias à formalização da candidatura.
A decisão final sobre se entra na corrida à sucessão de Marcelo Rebelo de Sousa será anunciada no próximo dia 13, na Irlanda, que nesse dia recebe a seleção nacional de futebol. "Ainda vou ouvir a minha maior conselheira, a minha filha, Catarina Silva, uma portuguesa de sucesso a Dublin", refere.
"Se não for em 2026, vou em 2031", explica ainda. Nesse ano, o pai de Tino, Antonio da Silva Rocha, faria 100 anos. "É uma homenagem. Os humildes também merecem centenários", afirma ao CM. Até lá, vai dedicar-se à cultura, estando a preparar o lançamento de um podcast e de uma longa metragem com o título 'Portugal não está a ver o filme'.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt