"É uma absoluta incongruência": Ventura pede esclarecimentos a Montenegro sobre caso de empresa imobiliária familiar
Chega anunciou, no domingo, que iria avançar com uma moção de censura contra o Governo de Luís Montenegro.
André Ventura falou, esta segunda-feira, aos jornalistas sobre o facto de o Chega avançar com uma moção de censura contra o Governo de Luís Montenegro, devido ao caso da empresa imobiliária da família do primeiro-ministro, revelado pelo CM, pedindo que Montenegro venha esclarecer a situação, até ao final do dia desta segunda-feira.
O presidente do Chega referiu que a faturação da empresa da família do primeiro-ministro é "muito acima da média" e que é preciso saber de onde vieram os rendimentos. De acordo com André Ventura, "não se sabe quem são os clientes dessa empresa, que faturou quase 700 mil euros em dois anos".
"Podemos concluir que o primeiro-ministro de Portugal que legisla, que atua no âmbito da lei dos solos, é o mesmo que tem uma empresa que pode beneficiar da lei", disse, acrescentando que atitude de Montenegro "é uma absoluta incongruência".
Ventura indicou assim que, "caso essas respostas não sejam dadas hoje, o Chega entregará uma moção de censura ao Governo, na terça-feira, às 12h00, na Assembleia da República, pedindo agendamento com caráter de urgência, se possível para quinta-feira", completou.
Recorde-se de que o Chega anunciou, no domingo, que iria avançar com uma moção de censura contra o Governo de Luís Montenegro.
Esta é a primeira moção de censura contra o executivo de Luís Montenegro, mas o Chega já tinha tentado fazer cair outros governos. Em 2022 e em 2023, o partido de André Ventura apresentou uma proposta semelhante contra o executivo do PS de António Costa. Ambas foram chumbadas.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt