Ferro Rodrigues critica acusação de Nuno Melo sobre ativistas da flotilha e silêncio "incompreensível" de Aguiar-Branco
Antigo presidente da Assembleia da República mostrou-se preocupado com portugueses detidos em Israel.
O antigo presidente da Assembleia da República Eduardo Ferro Rodrigues disse que a acusação de Nuno Melo sobre os ativistas portugueses da flotilha foi "de enorme gravidade e irresponsabilidade" e que o silêncio de José Pedro Aguiar-Branco é "incompreensível".
Ferro Rodrigues afirmou que a reação do ministro da Defesa, que acusou os ativistas de serem terroristas, ignora o perigo que estes cidadãos correm, ilustrado pelo tratamento que o ministro da Segurança Nacional de Israel, Ben-Gvir, lhes deu, "filmando-os ajoelhados e chamando-lhes terroristas e apoiantes de assassinos", pode ler-se na declaração. "A forma como tratou aqueles que neste momento são, ilegalmente, prisioneiros de Israel deve fazer-nos temer pelo que pode suceder", acrescenta.
Eduardo Ferro Rodrigues referiu ainda que estes factos "exigem do Governo português, como da União Europeia, um protesto formal junto de Israel, além de ação eficaz para imediata libertação e repatriamento dos detidos". O antigo presidente da AR destacou e lamentou, por fim, o "incompreensível" silêncio do seu homólogo, Aguiar-Branco, sobre uma situação que envolve cidadãos portugueses, incluindo uma deputada eleita - Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda.
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