Gouveia e Melo diz que sanções contra Israel "já vêm tarde"

Candidato presidencial afirmou que situação em Gaza é "um problema humanitário que devia envergonhar todos".

10 de setembro de 2025 às 17:07
Gouveia e Melo Foto: Vítor Mota
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O candidato presidencial Henrique Gouveia e Melo considerou esta quarta-feira que as sanções da Europa contra Israel "já vêm tarde", defendendo já deviam ter sido dados "passos mais concretos".

"Acho que verdadeiramente vem tarde porque a Europa já devia ter dado passos mais concretos e passos em áreas políticas que verdadeiramente importam. Muitas vezes nós fazemos muitas declarações, mas as declarações não têm consequências no terreno", disse Gouveia e Melo.

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À margem do debate "Conversas com o Presidente", promovido pela Fundação AEP, no Porto, o candidato presidencial lembrou que Israel tem tido ações que violam a lei internacional de forma grave desde há algum tempo.

"O Estado de Israel parece querer moldar uma nova situação no Médio Oriente, isso vai criar uma instabilidade muito grande e estou em crer que isso será, a médio e longo prazo, negativo para o próprio Estado de Israel", considerou.

Gouveia e Melo afirmou que o que se passa na Faixa de Gaza é "um problema verdadeiramente preocupante e um problema humanitário que devia envergonhar todos".

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Por isso, prosseguiu, se a Europa tem a possibilidade de aplicar sanções, deve aplicá-las porque, caso contrário, acabará por ser "um anão dentro do que é a ordem internacional" e ninguém a respeitará.

Von der Leyen defendeu no discurso sobre o Estado da União que a fome provocada por Israel em Gaza "não pode ser uma arma de guerra" e anunciou medidas para aumentar a pressão sobre Telavive.

Entre as medidas, anunciou sanções contra ministros extremistas e colonos violentos, e a suspensão parcial do acordo de associação comercial com Israel.

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Criticada por inação face à situação dos palestinianos na Faixa de Gaza, Ursula von der Leyen admitiu estar ciente de que "qualquer ação será excessiva para alguns e insuficiente para outros".

Entretanto, Israel veio acusar a presidente da Comissão Europeia de ceder a pressões ao propor sanções contra ministros israelitas e a suspensão parcial do acordo comercial com o país.

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