Governo aumenta dedução das rendas no IRS
Taxa de IRS dos senhorios vai descer para "rendas moderadas".
No próximo ano, os inquilinos vão poder deduzir em sede de IRS até 900 euros das rendas. O primeiro-ministro anunciou ainda que esse valor vai aumentar em 2027.
"Para os inquilinos, já em 2026, um aumento para 900 euros e, em 2027, para 1.000 euros, de dedução à coleta de IRS dos encargos com as rendas de habitação a preços moderados", disse.
Por outro lado, a taxa de IRS dos senhorios vai descer para "rendas moderadas". Para quem vender imóveis, o Governo anunciou "o fim das mais valias em sede de IRS" se o valor da venda for investido em imóveis para arrendamento a preço "moderado".
"Em terceiro lugar, o fim das mais-valias de IRS na venda de habitações se o valor for reinvestido em imóveis para arrendamento a valor moderado", acrescentou.
Como quarta medida, apontou "a simplificação dos licenciamentos no regime jurídico da urbanização e edificação, encurtando prazos e agilizando processos".
Na sua intervenção inicial de dez minutos, Montenegro defendeu que "o ímpeto reformista é a essência do projeto" do XXV Governo e deu exemplos noutras áreas.
"Destaco, entre outras, e nestes pouco mais de 100 dias de mandato, a redução da carga fiscal sobre o trabalho, o aumento que está em execução do salário mínimo e também do salário médio, o aumento do complemento solidário para idosos e das pensões, a valorização salarial das carreiras do Estado", enumerou.
Entre as medidas destacadas por Montenegro neste início do seu segundo executivo, contam-se também "a regulação com humanismo e capacidade de integração" na imigração, "o reforço da segurança com policiamento de proximidade e com a realização de operações especiais de prevenção e fiscalização" ou a privatização da TAP.
Na educação, o primeiro-ministro falou em "reposição da normalidade social na abertura do ano letivo", enquanto na da saúde disse que o Governo está a prosseguir "o esforço de transformação estrutural".
"Com alguns importantes progressos que já se obtiveram apesar das dificuldades que não escondemos: os números de 2025 face a período homólogo de 2024 apontam para a realização de mais 2,7% de consultas, mais 5,4% de cirurgias, mais 5,8% de cirurgias oncológicas e a redução de 16% do tempo médio de espera nas urgências", disse.
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