"Grave e atentatória do bom nome de inúmeros profissionais do SEF": Associação critica intervenção de deputado do PS

A Associação para Memória Futura criticou, este sábado, em comunicado, a intervenção do deputado do PS Pedro Vaz, na sessão plenária desta sexta-feira, que surgiu na sequência da discussão de uma unidade nacional de estrangeiros e fronteiras da PSP.

"Não podemos ficar calados quando a intervenção política desce a níveis inaceitáveis, fazendo da difamação o único argumento para defender posições injustificáveis", lê-se logo ao início do comunicado.

As críticas surgem após Pedro Vaz ter enumerado, esta sexta-feira, no Parlamento as "filas de espera infindáveis, telefones que chamavam e não eram atendidos, casos de corrupção, abusos de direitos e redes de imigração ilegal a atuarem com inspetores do SEF", asseverou.

Imediatamente a seguir, o socialista elenca casos que foram notícia: "inspetora do SEF condenada por 17 crimes de abusos de poder; Ex-chefe da delegação do SEF de Albufeira julgado por 12 crimes de corrupção passiva".

"Isto era a realidade do SEF que extinguimos", afirmou.

Segundo a associação, o socialista Pedro Vaz, com intuito "manipulador e desonesto" limitou-se "a invocar duas ou três notícias, citando apenas os respetivos títulos jornalísticos referentes a casos judiciais antigos envolvendo funcionários do SEF e tratados oportuna e adequadamente nas instâncias apropriadas, para generalizar, de forma vexatória, inaceitavelmente abusiva, [...] que os mesmos refletiam a realidade do Serviço e a qualidade da generalidade dos seus inspetores da Carreira de Investigação e Fiscalização e que, por isso, o SEF tinha sido bem extinto, fundamentando assim a decisão política do PS".

A associação para Memória Futura considera que a qualidade da intervenção de Pedro Vaz é "desprezível, grave e atentatória do bom nome de inúmeros profissionais do SEF". O organismo defende que, sobre a extinção do SEF, Pedro Vaz deu, no entanto, ênfase "à estratégia infame e vil do PS e dos governos do primeiro-ministro António Costa", apontando a "difamação reiterada de todo um serviço e dos seus funcionários, expondo regularmente na comunicação social notícias sobre casos antigos, com o objetivo de denegrir a sua imagem e reputação profissional, para assim tentar justificar o injustificável.

Por último, no comunicado, referem que a intervenção do deputado socialista traduz "a irresponsabilidade grave" ainda não assumida pelo PS sobre a gestão da política migratória em Portugal.