Inês Sousa Real Real diz que ninguém deve "ter de escolher entre alimentar-se ou alimentar os animais de companhia"
PAN quer rever os escalões de IRS porque "a classe média está a ser dizimada".
Inês Sousa Real explicou este sábado as balizas do PAN para um acordo de incidência parlamentar, durante um debate com o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, na TVI. "O exercício que o PAN fará sempre é sobre as condições dos partidos para fazerem avançar as nossas causas", vincou a porta-voz do partido.
Pedro Nuno Santos considerou "curiosa" a "ambiguidade" do PAN a este respeito. Enquanto o PS "reconhece a emergência climática", o CDS-PP e o PPM, membros da Aliança Democrática (AD), "estão nos antípodas" do partido de Inês Sousa Real, notou o socialista. Em resposta, Inês Sousa Real inscreveu-se no "centro progressista". Confrontada sobre o apoio ao governo do PSD na Madeira, Inês Sousa Real apontou: "Na Madeira não há touradas".
Em matéria de fiscalidade, o PAN "quer rever os escalões de IRS", porque "as pessoas não devem ter de escolher entre alimentar-se ou alimentar os animais de companhia". "A classe média está a ser dizimada", razão pela qual o partido propõe uma revisão "estrutural".
A propósito da transição energética, Inês Sousa Real destacou o potencial de criação de postos de trabalho. Pedro Nuno Santos contrapôs: "A transição energética precisa de lítio nas baterias".
O PAN quer assegurar "um médico de família para todos os utentes" do SNS. "Estamos a perder profissionais de saúde para o estrangeiro", lamentou Inês Sousa Real. Sem indicar valores antes de negociar com o setor, o secretário-geral do PS promete valorizar a grelha salarial dos médicos e permitir-lhes "conciliar a vida pessoal com a profissional". Para o socialista, "o SNS está em risco" por causa das políticas de direita. Pedro Nuno Santos acusa a AD de idealizar "desviar recursos para os privados".
Sobre a localização do novo aeroporto, Inês Sousa Real contestou a opção Alcochete-Montijo e o secretário-geral do PS prometeu seguir as recomendações da Comissão Técnica. "O que é verdadeiramente importante é decidir a localização. A Comissão Técnica já decidiu. Não podemos perder mais tempo", enfatizou.
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