Líder do PS diz que Governo errou ao retirar verbas do PRR destinadas a unidades de saúde

José Luís Carneiro falou aos jornalistas no final de uma visita à nova Unidade de Saúde Familiar (USF) de Alburrica, no Barreiro.

11 de novembro de 2025 às 23:50
José Luís Carneiro Foto: Direitos Reservados
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O secretário-geral do PS afirmou esta terça-feira que a integração dos cuidados de saúde primários e hospitalares nas Unidades Locais de Saúde (ULS) mostra que é errada a decisão do Governo de retirar verbas destinadas a novas unidades.

"A aposta que foi feita pelos governos do PS no âmbito do Plano de Recuperação e de Resiliência (PRR) tem as prioridades adequadas, no fundo valorizando os cuidados primários de saúde e a sua boa articulação com os cuidados hospitalares, e mostra o quão errada é a decisão do Governo de retirar recursos do PRR que estavam destinados à construção de novas estruturas de saúde, nomeadamente aquelas que permitiam tratar dos cuidados paliativos e das unidades de cuidados na comunidade", disse.

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"Foi uma decisão errada. E este exemplo que acabámos de visitar é um bom exemplo de como a partir dos cuidados primários de saúde se pode responder às principais necessidades de organização, de eficiência e de eficácia do próprio Serviço Nacional de Saúde", acrescentou José Luís Carneiro no final de uma visita à nova Unidade de Saúde Familiar (USF) de Alburrica, no Barreiro, distrito de Setúbal.

Questionado sobre as soluções necessárias para dar resposta aos problemas nos serviços de urgência da região de Setúbal, José Luís Carneiro reafirmou a ideia de que o Governo deveria pôr em prática a Unidade para a Coordenação da Emergência Hospitalar, que ele próprio propôs no passado mês de julho.

"Essa Unidade para a Coordenação da Emergência Hospitalar permitirá dar uma resposta integrada, mobilizando todos os recursos de várias forças e serviços da Administração Pública. Falo dos serviços do Instituto Nacional de Emergência Médica, falo da mobilização de recursos das associações humanitárias, nomeadamente as associadas à emergência pré-hospitalar, e também da mobilização de recursos da Defesa Nacional para responder com boa eficácia à coordenação da emergência hospitalar", disse o líder do PS.

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"Essa foi a proposta que apresentei e que gostava que o Governo pusesse em prática. Por outro lado, também proponho ao Governo que seja capaz de dar continuidade à reforma que estava em curso para a constituição das Unidades Locais de Saúde", acrescentou.

Confrontado com a possibilidade de o Governo fazer aprovar a proposta de alteração das leis laborais, apesar da greve geral convocada para dia 11 de dezembro pelas duas centrais sindicais, CGTP/IN e UGT, José Luís Carneiro disse que o PS já fez aquilo que poderia ter feito desde o passado mês de agosto, quando alertou para a gravidade das propostas que foram apresentadas por parte do Governo.

"Fizemos depender a nossa votação em relação à proposta do Orçamento do Estado para 2026, da garantia da parte do Governo de que não colocaria no Orçamento do Estado matérias que pudessem dar suporte às alterações previstas para a legislação laboral", sublinhou o líder socialista.

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