Marcelo diz que "Portugal não tinha outra solução se não reagir com firmeza" perante danos na Embaixada em Kiev

Segundo o chefe de Estado, as instalações da embaixada foram "indiretamente atingidas" pelos ataques russos.

20 de dezembro de 2024 às 12:50
Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República Foto: Estela Silva/Lusa
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O Presidente da República considerou esta sexta-feira os danos na embaixada portuguesa em Kiev provocados por ataques russos constituem um precedente de violação do direito internacional perante o qual Portugal se viu obrigado a reagir com firmeza.

"Portugal não tinha outra solução se não reagir, e reagir com firmeza e imediatamente, porque é um precedente que se traduz numa violação de regras de direito internacional", declarou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas em Cascais, no distrito de Lisboa.

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Segundo o chefe de Estado, as instalações da embaixada de Portugal foram "indiretamente atingidas" pelos ataques russos, "não se pode dizer que tenha sido um míssil dirigido contra a embaixada, mas teve efeito na embaixada, e noutras chancelarias de países representados que utilizam o mesmo edifício".

Interrogado se interpreta estes ataques como uma resposta da Rússia ao apoio que países europeus têm dado à Ucrânia, respondeu: "Não sei, eu não tenho que me pronunciar sobre isso. O que tenho que dizer é que Portugal não tinha outra solução se não reagir, e reagir com firmeza e imediatamente".

Através de comunicado, o Governo condenou "de forma veemente os ataques desta os ataques desta madrugada a Kiev, que causaram danos materiais em diversas missões diplomáticas, incluindo a chancelaria da embaixada de Portugal" e anunciou que o encarregado de negócios da Federação Russa foi chamado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros para a apresentação de um protesto formal.

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Marcelo Rebelo de Sousa referiu que foi contactado esta sexta-feira de manhã pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, sobre esta matéria.

"O senhor ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros entendeu, em conjunto com o senhor primeiro-ministro e também comigo, que devia ser feita uma diligência junto do país em causa, e que isso seria comunicado publicamente por uma nota", adiantou.

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