Marques Mendes escuda-se no sigilo profissional para não dizer origem de 709 mil euros

Candidato presidencial mostrou disponível para revelar a lista de clientes da empresa familiar, caso tenha autorização.

18 de dezembro de 2025 às 01:30
Luís Marques Mendes Foto: JOSÉ COELHO/LUSA
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Marques Mendes recebeu, entre 2023 e 2024, como membro do Conselho Consultivo da Abreu Advogados, 709 mil euros líquidos, relatou a ‘Sábado’. O CM sabe que o candidato presidencial não revelará a origem destes valores por “sigilo profissional” enquanto advogado. É de acrescentar ainda que Marques Mendes já não está inscrito na Ordem de Advogados desde outubro.

Já quanto à sua empresa familiar, o candidato à Presidência da República reiterou esta quarta-feira estar disponível para revelar os respetivos clientes. “Fá-lo-ei desde que seja cumprida a autorização dos próprios nos termos da lei de proteção de dados”, afirmou, na entrega das assinaturas ao Tribunal Constitucional para a formalização da sua candidatura. Esta empresa familiar, onde tinha funções de consultoria, foi dissolvida em novembro por entrar na corrida a Belém.

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As declarações de rendimentos do candidato apoiado por PSD e CDS estão atualizadas no Constitucional por fazer parte do órgão consultivo do Presidente da República - o Conselho de Estado.

Ainda sobre eventuais ligações de trabalho a Angola, o candidato às eleições presidenciais de 18 de janeiro negou ter algum tipo de contacto. “Nunca tive um único cliente em Angola”, garantiu.

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Reações dos candidatos presidenciais

António José Seguro mostrou-se disponível para mostrar “todos” os seus rendimentos e património, “como decorre da nossa obrigação”. Já o O candidato João Cotrim de Figueiredo apontou “os candidatos presidenciais têm a obrigação de ser o mais transparentes possível relativamente ao seu percurso político e ao percurso profissional”. Por sua vez, o candidato apoiado pelo Livre, Jorge Pinto, defendeu que quem concorre a Belém tem uma “obrigação acrescida” de transparência e disse esperar que Luís Marques Mendes tenha autorização para divulgar a lista de clientes da sua empresa familiar antes das eleições marcadas para 18 de janeiro.

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