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Marques Mendes disponível para divulgar clientes de empresa familiar, se tiver autorização

Candidato presidencial pediu aos seus apoiantes para "não entrarem em triunfalismos" com sondagens favoráveis.

17 de dezembro de 2025 às 13:49

O candidato presidencial Luís Marques Mendes reiterou, esta quarta-feira, a sua disponibilidade para revelar os clientes da sua empresa familiar, se estes lhe derem autorização, e pediu aos seus apoiantes para "não entrarem em triunfalismos" com sondagens favoráveis.

"Eu disse ao Observador que divulgaria os clientes da minha sociedade pessoal e fá-lo-ei desde que seja cumprida a autorização dos próprios nos termos da lei de proteção de dados", afirmou Luís Marques Mendes em declarações aos jornalistas na entrega de assinaturas no Tribunal Constitucional (TC), momento que formaliza a sua candidatura à Presidência da República.

Luís Marques Mendes deixou esta garantia depois de a revista Sábado ter noticiado que o candidato presidencial recusa esclarecer como ganhou 709 mil euros líquidos nos últimos dois anos enquanto consultor externo da sociedade Abreu Advogados.

Nas suas declarações aos jornalistas, Marques Mendes só manifestou disponibilidade para revelar os clientes da sua empresa familiar -- que tinha funções de consultoria e foi extinguida em novembro --, não se referindo aos clientes que representou na sociedade de advogados.

Sobre a entrega de assinaturas, Marques Mendes disse ter conseguido reunir 9.350, "um número mais do que suficiente para legalizar a candidatura" e assegurou que, apesar de ter formalizado agora a sua entrada na corrida a Belém, o seu comportamento não vai mudar.

"Eu, desde o início, faço uma campanha pela positiva, com espírito construtivo, apresentando propostas, mostrando que quero ser um Presidente da área da moderação, mas com muita firmeza", disse.

Após ter sido divulgada, esta segunda-feira, uma sondagem que indica que Marques Mendes derrotaria qualquer adversário na segunda volta das presidenciais, o candidato disse estar satisfeito com esses inquéritos, que considerou comprovarem o que tem sentido "na rua e no terreno".

"Estou muito feliz. Quando eu arranquei para esta caminhada, em fevereiro do ano passado, nessa ocasião eu tinha 21 pontos de diferença a menos para o meu principal adversário da altura, Gouveia e Melo. Hoje estou à frente do almirante nas sondagens", disse.

No entanto, Marques Mendes pediu aos seus apoiantes para "não entrarem em triunfalismos", salientando que "as sondagens são boas, mas a sondagem que conta é no dia das eleições".

"Portanto, nada de facilitar, nada de triunfalismo. Muita humildade. Humildade é a palavra que orienta toda a minha conduta nesta campanha", disse.

Marques Mendes salientou que, segundo as sondagens, "ainda há 20% de indecisos" e, portanto, está apostado a "subir ainda mais nos próximos tempos".

Até 16 de janeiro, o último dia de campanha para a primeira volta das presidenciais, Marques Mendes assegurou que vai fazer uma campanha para "mobilizar o país", frisando que Portugal "tem quase 900 anos de vida, tem problemas, mas também tem coisas extraordinárias" e é preciso "dar voz a este Portugal positivo".

"Não vou prometer nada que não possa cumprir, mas vou, de facto, empenhar-me com alguns compromissos que são indispensáveis", disse, reiterando a promessa de convidar um jovem para o Conselho de Estado.  

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