Ministra reúne com estruturas da PSP e GNR que exigem propostas concretas sobre remunerações

Em cima da mesa está a assinatura do protocolo negocial e a apresentação da proposta inicial do Governo.

28 de novembro de 2025 às 07:09
PSP Foto: Direitos Reservados
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A ministra da Administração Interna apresenta, esta sexta-feira, aos sindicatos da PSP e associações da GNR a proposta inicial do Governo para negociação laboral, exigindo as estruturas sindicais medidas concretas sobre remunerações.

Maria Lúcia Amaral reúne-se com as cinco associações socioprofissionais da GNR às 10h00 e com os seis sindicatos da PSP com direito a negociação às 15h00, estando em cima da mesa a assinatura do protocolo negocial e a apresentação da proposta inicial do Governo.

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Estas duas reuniões acontecem após a ministra ter reunido, durante cerca de dois meses, com todas as estruturas sem ter apresentado qualquer proposta e com os sindicatos da PSP e associações da GNR a exigirem medidas concretas e a acusaram a tutela de não querer resolver problemas e de estar adiar decisões.

O presidente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR), César Nogueira, disse à Lusa que desconhece quais são as propostas que a ministra vai apresentar, mas alertou que a APG vai exigir que a primeira medida a negociar seja o estatuto remuneratório.

O presidente da Associação Nacional dos Sargentos da Guarda (ANSG), Ricardo Rodrigues, avançou à Lusa que a primeira proposta a ser apresentada pela tutela será a revisão dos serviços remunerados, que "não é a mais importante".

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"Pelo que foi dito na última reunião existem quatro prioridades de negociação e começa pelos serviços remunerados, avaliação, saúde e higiene no trabalho, revisão das carreiras e do estatuto remuneratório", disse Ricardo Rodrigues.

O presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), Paulo Santos, desconhece quais as propostas que a ministra vai apresentar, mas deixa o aviso que queremos "negociar o que ficou estabelecido no acordo" celebrado em julho de 2024 sobre o aumento do subsídio de risco.

O presidente do maior sindicato da PSP defendeu que a proposta deve abranger tabela remuneratória, suplementos remuneratórios, portaria de avaliação, com efeitos a janeiro de 2026.

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"Caso a proposta não contemple o que estava no acordo vamos demonstrar indisponibilidade para negociar com o Governo", disse. No final de outubro, a ASPP admitiu avançar com protestos caso a ministra da Administração Interna não apresente até esta sexta-feira propostas concretas sobre remunerações e suplementos com efeitos a janeiro de 2026.

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