Após dois ministros de Boris Johnson se demitirem devido a escândalo sexual, segue-se 'vice' do Partido Conservador
Em causa está o escândalo sexual que envolve Chris Pincher o ex vice-chefe da bancada parlamentar do Partido Conservador.
O Secretário de Estado para a Saúde Sajid Javid e o Ministro das Finanças Rishi Sunak demitiram-se esta terça-feira do governo do primeiro-ministro britânico Boris Johnson por falta de confiança.
Após estes anúncios, um dos vice-presidentes do Partido Conservador britânico no poder, Bim Afolami, renunciou ao seu cargo, revelou a editora política da TalkTV Kate McCann no Twitter, e Jonathan Edward Gullis, político do mesmo partida, também anunciou a rescisão.
A notícia seguiu-se à demissão de dois ministros-chave do governo do primeiro-ministro Boris Johnson, momentos antes, depois deste ter pedido desculpa pelo último escândalo que abalou a sua administração.
Em comunicado, citado pela Reuters, Javid refere que falou com o Primeiro-Ministro para apresentar a "demissão do cargo de Secretário de Estado da Saúde e Assistência Social".
"Tem sido um enorme privilégio servir nesta função, mas lamento não poder continuar em boa consciência", salientou o Secretário de Estado.
O ministro britânico das finanças Rishi Sunak referiu que tinha chegado relutantemente à conclusão de que "não podemos continuar assim".
Em causa está a postura de Boris Johnson perante o escândalo sexual que envolve Chris Pincher o ex vice-chefe da bancada parlamentar do Partido Conservador.
Pincher é acusado de ter apalpado dois homens durante uma noite de copos num clube privado da capital britânica. "Bebi demasiado e envergonhei-me a mim próprio", escreveu o deputado na carta em que renuncia ao cargo de vice-chefe da bancada conservadora, na qual não faz qualquer referência aos alegados abusos sexuais.
O gabinete do primeiro-ministro deu a entender que Boris Johnson ficou satisfeito com a renúncia do deputado e não espera que seja aberta uma investigação, dando o caso por encerrado, mas vários deputados conservadores e a oposição trabalhista exigem que Pincher seja investigado pela polícia por crimes sexuais.
O deputado foi, entretanto, suspenso e não pode entrar no Parlamento.
Sajid Javid estava arrastado numa polémica após
depois admitir que manteve o status por seis anos enquanto banqueiro, permitindo-lhe legalmente evitar impostos sobre ganhos no exterior.
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