Montenegro afima que "Governo não interveio em nenhum ato" de venda de armamento a Israrel
PM disse não ter conhecimento de qualquer resposta ao protesto formal apresentado pelo Governo pelo tratamento aos ativistas portugueses detidos por Israel.
O primeiro-ministro afirmou este sábado que "o Governo não interveio em nenhum ato" que possa ser entendido como venda de armamento militar a Israel, na escala das aeronaves dos Estados Unidos nas Lajes.
Por outro lado, Luís Montenegro disse não ter conhecimento de qualquer resposta ao protesto formal apresentado pelo Governo pelo tratamento aos ativistas portugueses detidos por Israel.
Luís Montenegro foi questionado sobre vários temas de atualidade à margem de uma iniciativa de campanha autárquica em Chaves, nomeadamente sobre a escala na Base das Lajes, nos Açores, de três aeronaves F-35 que foram vendidas pelos Estados Unidos da América a Israel, sem conhecimento prévio do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.
O primeiro-ministro começou por dizer que o tema já foi "clarificado" por si e pelo ministro, mas aproveitou a pergunta para "clarificar" um aspeto".
"Nós não interviemos em nenhum ato que pudesse ser entendido como uma venda de armamento a Israel. Isso não aconteceu. Aconteceu uma escala, creio que de três aviões, a informação que tenho, não propriamente de armamento militar", afirmou.
Na mesma ocasião, foi questionado se já havia resposta de Israel ao protesto formal apresentado pelo Governo pelo tratamento dado aos ativistas portugueses, mas disse não ter informação.
"Até eu ter chegado aqui não tenho conhecimento de nenhuma resposta. O que lhe posso dizer é que o Ministério dos Negócios Estrangeiros está a acompanhar a par e passo com a nossa embaixadora em Telavive, com a nossa secção consular. Mas, que eu saiba, não há ainda uma resposta", disse.
Os quatro ativistas portugueses que participaram na flotilha humanitária Global Sumud e foram detidos em Israel estiveram "bastante tempo" sem água e comida, motivando um protesto do Governo junto do embaixador israelita em Lisboa, disse à Lusa fonte oficial.
"O relato que foi feito dá nota de que estiveram bastante tempo sem água quando estavam no porto. No centro de detenção já havia água mas não parecia capaz de se beber (embora dissessem que era potável)", adiantou fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).
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