"MP considerou que era segredo de justiça": Marcelo Rebelo de Sousa sobre caso das gémeas luso-brasileiras

Presidente da República remete questões sobre o filho para o próprio: "Tem 51 anos. É maior e vacinado".

05 de abril de 2024 às 18:49
Marcelo Rebelo de Sousa Foto: José Sena Goulão/Lusa
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Marcelo Rebelo de Sousa explicou esta sexta-feira a recusa da Presidência em entregar e-mails sobre o caso das gémeas luso-brasileiras à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS).

"A Presidência enviou para o MP toda a documentação em dezembro. O MP considerou que era segredo de justiça", assinalou o chefe de Estado.

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Só mudou de posição após intervenção da Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos (CADA). "A IGAS entendeu queria ter acesso. Pela mesma razão, pedida em dezembro, foi enviada em janeiro. A CADA entendeu que não havia razões que justificassem o segredo de justiça", detalhou.

Confrontado com perguntas dos jornalistas sobre o filho Nuno Rebelo de Sousa, remeteu-as para o próprio. "Tem 51 anos. É maior e vacinado", declarou o presidente da República. 

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Na quinta-feira, o Chega anunciou a intenção de propor uma comissão parlamentar de inquérito sobre o caso. "A dois meses das eleições europeias, não comento posições partidárias", vincou Marcelo Rebelo de Sousa.

As gémeas acederam irregularmente ao remédio Zolgensma para a atrofia muscular espinhal, em junho de 2020, confirmou a IGAS esta quinta-feira. O tratamento custou ao Estado quatro milhões de euros.A intervenção da Secretaria de Estado da Saúde na marcação da primeira consulta terá criado um eventual favorecimento das gémeas no acesso ao SNS. A IGAS vai enviar o relatório final ao Ministério Público.

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