O terror do 'colarinho branco'
Juiz Carlos Alexandre é responsável pelos processos mais mediáticos. Agora tem nas mãos o caso Sócrates.
'Superjuiz' e 'Justiceiro' são apenas duas das alcunhas de Carlos Alexandre, responsável pelo organismo que coordenou a investigação que levou à detenção do ex-primeiro-ministro José Sócrates.
Nascido em Mação há 52 anos, Carlos Manuel Lopes Alexandre é filho de um carteiro e de uma operária fabril.
Estudou na Telescola, completou a licenciatura na Faculdade de Direito de Lisboa, passou pela Polícia Judiciária Militar, seguiu a carreira da magistratura judicial e esteve em Sintra antes de chegar ao Tribunal Central.
Nos últimos anos, os chamados crimes de 'colarinho branco' de maior monta contam com a sua intervenção. Monte Branco, Furacão, Portucale, Apito Dourado, Face Oculta, BPN, Remédio Santo, BES, vistos gold e, esta sexta-feira, a detenção de José Sócrates.
Sportinguista, Carlos Alexandre é também um católico devoto que gosta de regressar às origens. É habitual participar nas comemorações da Páscoa na sua terra natal, na Beira Baixa.
No mundo das leis há quem o admire, mas também quem o odeie. Se alguns destacam a sua obstinação, há quem prefira, de forma pejorativa, apelidá-lo de 'Garzón português', acusando-o de gostar de protagonismo.
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