PAN pede que parlamento consagre de imediado proteção animal na Constituição
Partido acusa o Governo de falta de compromisso com o tema.
O partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) propõe, num projeto de resolução, uma revisão extraordinária da Constituição para consagrar a proteção animal, e acusa o Governo de falta de compromisso com o tema.
No Dia Mundial do Animal, que esta quarta-feira se assinala, o partido quer que a Assembleia da República consagre de imediato a proteção animal na Constituição, explica o PAN em comunicado.
No documento, a porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, acusa o primeiro-ministro, António Costa, e o Governo de faltarem "reiteradamente ao compromisso de alargar a proteção da tutela penal a todos os animais, escudando-se no Tribunal Constitucional".
"Existem sérios riscos numa eventual declaração de inconstitucionalidade da norma penal que criminaliza os maus-tratos aos animais de companhia. Por isso, cremos que se justifica que a Assembleia da República assuma poderes de revisão constitucional extraordinária para consagrar a proteção animal na Constituição o mais imediatamente possível. Só assim conseguiremos suprimir estes riscos, garantindo que a lei fundamental portuguesa se adequa ao século XXI e está de acordo com os valores dos portugueses", diz Inês Sousa Real.
A sociedade civil, lembra o PAN, apresentou recentemente no parlamento uma petição com mais de 90 mil subscritores para que a proteção animal fosse incluída na Constituição da e pela manutenção da tutela penal dos animais.
O PAN, a propósito do dia que esta quarta-feira se assinala, reforça ainda a necessidade da redução do IVA da alimentação para animais e serviços médico veterinários.
Também a propósito do Dia Mundial do Animal o Chega apresenta dois projetos de lei e um projeto de resolução.
Um dos projetos de lei reduz também a taxa de IVA aplicável à alimentação para animais de companhia, para a taxa intermédia.
O partido afirma que "o abandono de animais de companhia continua a ser um fenómeno" em Portugal, sendo abandonados em média, anualmente, 40.000 animais.
Com a crise económica que o país atravessa, nomeadamente devido à inflação e ao aumento dos créditos bancários, "é fácil de antever" que o fenómeno do abandono e maus-tratos a animais vai continuar, justifica o partido.
O Chega apresenta ainda um projeto de lei para alterar diplomas no sentido de combater o abandono dos animais de companhia e assegurar o seu bem-estar, nomeadamente a resolução da questão relacionada com revisão da Constituição.
O partido propõe que se aumente para o dobro as multas por abandono ou maus-tratos a animais de companhia. E acrescenta a sanção acessória de inibição de detenção de animais de companhia.
No projeto de resolução o Chega recomenda ao Governo que, em colaboração com as autarquias, com as associações de proteção animal e com a Ordem dos Médicos-Veterinários, promova o lançamento de uma Campanha Nacional de Esterilização, com início em 2024.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt