Parlamento arranca com gritos, microfones desligados e interrupções
Paulo Núncio abriu o plenário a acusar a deputada do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua de ter tido um “comportamento grosseiro”, devido ao gesto parecido com chifres que fez a semana passada.
O plenário desta quarta-feira era para falar de assuntos europeus. Começou com uma autêntica confusão. Paulo Núncio abriu o plenário a acusar a deputada do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua de ter tido um “comportamento grosseiro”, devido ao gesto parecido com chifres que fez a semana passada. “Quem não sabe estar, não pode estar”, disse Paulo Núncio. O problema é que foi pedida a palavra para uma interpelação à mesa. Mariana Mortágua ainda respondeu: “compreendo que tendo em conta o enquadramento cultural (...) do deputado Paulo núncio” a interpretação possa ser outra. Mariana Mortágua defendeu que não foi interpretada corretamente e sublinhou “que nunca faltou ao respeito”.
Várias bancadas contestaram as declarações e os ânimos exaltaram-se quando Rita Matias, do Chega, pediu igualmente a palavra para interpelar a mesa. Acabou com o microfone desligado. “Cortei-lhe o microfone”, disse Aguiar-branco. “Uma coisa é fazer contraditório outra é uma interpelação à mesa”.
A bancada exaltou-se e Aguiar-Branco pediu mesmo a outro deputado que “baixe o nível de intervenção” porque não lhe tinha sido “dada a palavra”. Rita Matias insistiu em perguntar se o presidente da Assembleia da República não considerava que havia dualidade de critérios. Aguiar-Branco tentou seguir os trabalhos e ainda deu palavra a Paulo Núncio novamente que apenas falou poucos segundos. Aguiar-branco voltou a desligar o microfone.
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