Partidos reagem à nomeação da próxima Procuradora Geral da República
Lucília Gago vai substituir Joana Marques Vidal, por proposta do Governo, como nova PGR.
A Presidência da República anunciou a escolha da procuradora-geral adjunta Lucília Gago para substituir Joana Marques Vidal, por proposta do Governo, como nova PGR.
Os partidos reagiram esta sexta-feira à nomeação de Lucília Gago:
O PS rejeitou esta sexta-feira que a questão da renovação ou não do mandato do procurador-geral da República justifique uma revisão constitucional, considerando que o processo de escolha de Lucília Gago foi "bem resolvido" e "prestigiou a justiça".
O líder parlamentar do PS, Carlos César, assumiu esta posição em declarações aos jornalistas no parlamento, após saudar a nomeação pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, de Lucília Gago para o cargo de procuradora-geral da República.
"Independentemente da legislação em vigor e do texto da Constituição prever a possibilidade" de uma renovação de mandato, "a partir da revisão constitucional de 1997, a doutrina sempre foi a de haver uma limitação aos mandatos", defendeu o líder da bancada socialista.
O Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV) espera que a nova procuradora-geral da República, Lucília Gago, "continue a dar garantias de independência e de isenção", afirmou esta sexta-feira o deputado José Luís Ferreira.
Em declarações aos jornalistas, na Assembleia da República, em Lisboa, José Luís Ferreira disse que o PEV nunca contribuiu para "a politização e partidarização" da escolha do novo procurador.
"Esperamos que a nova procuradora-geral da República (PGR) continue a dar garantias de independência e isenção", questões "centrais no trabalho" do procurador.
O líder parlamentar do Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares, defendeu esta sexta-feira que a próxima procuradora-Geral da República deve "dar continuidade" ao combate à corrupção, afirmando que "a fasquia está elevada".
"Em primeiro lugar, que dê continuidade àquilo que de bom foi feito, particularmente no combate à corrupção. A fasquia está elevada e a exigência é que o trabalho agora pela frente não deite por terra aquilo que foi alcançado e que aprofunde o combate à corrupção", declarou.
Em declarações aos jornalistas, no parlamento, o deputado do BE apontou, por outro lado, "problemas que ainda persistem" e que devem merecer a atenção da próxima PGR, Lucília Tiago, em particular "as fugas ao segredo de justiça", que "fragilizam a democracia".
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