PCP questiona Governo sobre despedimentos na Global Media e venda de ações da Lusa

Global Media Group avançou esta sexta-feira que tem intenção de despedir 150 pessoas.

24 de novembro de 2023 às 18:28
Paulo Raimundo, Líder do PCP Foto: Nuno Veiga
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O PCP quer saber se o Governo tem conhecimento da situação económica da Global Media Group (GMG) e o que irá fazer relativamente à intenção de despedir centena e meia de trabalhadores, sobretudo no Jornal de Notícias e na TSF.

Em requerimentos enviados aos ministros do Trabalho, da Cultura, da Economia e das Finanças, através do parlamento, o Grupo Parlamentar do PCP pretende esclarecer "que acompanhamento está [o Governo] a fazer, ou tenciona fazer, do anunciado despedimento coletivo" e "que diligências pretende tomar para salvaguardar os postos de trabalho e os direitos dos trabalhadores?"

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Os comunistas perguntam ao executivo quais os "apoios concretos, diretos ou indiretos, do Estado" de que a Global Media tem beneficiado.

Questionam também se "decorrem ou perspetivam-se negociações entre o Governo e a GMG e/ou a Páginas Civilizadas, ou seus representantes, com vista à aquisição, pelo Estado, das respetivas participações na Agência Lusa?" e, "em caso afirmativo, em que termos e com que limites designadamente quanto ao valor da operação em causa?"

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O PCP lembra que "o empresário Marco Galinha, até há pouco presidente da GMG, pretendia alienar os 45,71% do capital da Lusa - Agência de Notícias de Portugal que controlava 23,36% através da GMG e 22,35% via empresa Páginas Civilizadas, então pertencente ao Grupo Bel por si detido, mas que em outubro passou a ser controlada (51%) pelo referido fundo WOF [World Opportunity]".

Por considerar que "a situação na GMG e a evolução acionista da Agência Lusa, ademais interligadas, carecem de cabal esclarecimento, o Grupo Parlamentar do PCP, questionou o Governo, mais concretamente os ministérios da Cultura, das Finanças, da Economia e do Mar e do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Esta sexta-feira, o Sindicato dos Jornalistas considerou "inadmissível, inviável e impensável" a intenção do Global Media Group de avançar com o despedimento de 150 pessoas.

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"A direção do Sindicato dos Jornalistas considera inadmissível, inviável e impensável a intenção anunciada pelo Global Media Group [GMG] de despedir 150 pessoas, quase um terço dos cerca de 500 trabalhadores da empresa", lê-se na mesma nota, que indicou que "a decisão foi comunicada formalmente pela administração a várias pessoas e colheu oposição unânime das redações incrédulas e indignadas com a administração, que, formalmente, tomou posse há menos de duas semanas".

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