Catarina Martins: pensões podem "ficar em perigo"

A coordenadora do BE, Catarina Martins, considerou esta quinta-feira, em entrevista à CMTV, que "é muito perigoso privatizar uma parte das contribuições para a Segurança Social porque põe em causa o pagamento de pensões".

A coordenadora do Bloco referia-se à proposta da coligação PSD/CDS-PP que prevê o plafonamento das contribuições para a Segurança Social, em que uma parte das contribuições seria para a Segurança Social e outra aplicada em fundos privados, ou, nas palavras da líder do BE "na Bolsa". E deu um exemplo desse perigo: "Se fossem aplicados 500 euros nesses fundos de pensões antes da crise financeira internacional, hoje valiam apenas 300."

Catarina Martins defendeu que as pensões se devem manter no sistema público, embora atualizadas ao modo de produção do séc. XXI. Defendeu, por exemplo, a aplicação de uma taxa de valor acrescentado de 0,7% sobre as grandes empresas (excluindo as PME), o que "daria em quatro anos 1200 milhões de euros à Segurança Social".Catarina Martins garantiu que o BE quer ir para o Governo, mas só se for para proteger os salários, aumentar emprego e pensões e acabar com os estágios e com a sangria da emigração. "Mas não fazia sentido apoiar um governo [do PS] que quer facilitar os despedimentos, frisou.

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