Presidente-executivo da CGD: "Achar as comissões malévolas é uma tolice"

Líder da APB e presidente da Caixa defendem que medidas aprovadas são “populistas”.

25 de julho de 2020 às 09:25
Paulo Macedo esteve em Mangualde, com a ministra Ana Abrunhosa na inauguração da nova imagem da CGD Foto: Nuno André Ferreira
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O limite às taxas cobradas no MB Way e restantes aplicações de pagamentos e o fim das comissões de processamento de prestação bancária para os contratos novos são medidas que a banca vê como uma cedência dos deputados "ao populismo".

"Achar que as comissões são malévolas é uma tolice", disse o presidente-executivo da CGD ao CM, na cerimónia de inauguração do novo modelo de agências da CGD, em Mangualde. "Independentemente do populismo, a questão é a banca e os seus proveitos são juros e comissões. O que aprendemos na escola é que os juros remuneram capital, mas alguém tem de pagar a estrutura", lembrou Paulo Macedo, frisando que "alguém tem de pagar" infraestruturas como o MB Way. "Esperamos que os clientes estejam dispostos a pagar por isso, porque esse serviço tem valor."

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Faria de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Bancos, destacou em comunicado que a legislação aprovada no Parlamento "suscita diversas questões de constitucionalidade, fere princípios fundamentais do funcionamento da economia de mercado e afronta a racionalidade, a prudência e a preparação do futuro". "A banca não é um serviço público gratuito", enfatizou.

PORMENORES

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25 transferências grátis

No MB Way, foi aprovado o fim das taxas para operações até 30 euros, num limite mensal de 150 euros e 25 transferências/mês. A legislação só entra em vigor 120 após a publicação.

Distrate sem taxa

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Foi eliminado o custo de emissão de distrate dos empréstimos à habitação (que dissolve o contrato, pela liquidação do empréstimo venda do imóvel).

Prestação de créditos

A comissão de processamento de empréstimos só acaba para os novos contratos, o que levanta dúvidas à DECO.

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