Primeiro-ministro defende que imigrantes ilegais na UE devem retornar aos países de origem

"Precisamos de mão de obra, mas só é possível alocarmos bons recursos humanos se tivermos uma imigração regulada", defende Luís Montenegro.

20 de outubro de 2025 às 17:15
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O primeiro-ministro defendeu esta segunda-feira que os imigrantes ilegais na UE devem retornar aos países de origem e argumentou que a Europa só alocará "bons recursos humanos" à sua economia se tiver uma "imigração regulada".

Na conferência de imprensa de encerramento dos trabalhos da cimeira dos Países do Sul da União Europeia (MED9), na cidade de Portoroz, Eslovénia, Luís Montenegro sublinhou a relevância da imigração para a coesão social e económica da União Europeia (UE), afirmando que se trata de um "fator de competitividade económica", mas ressalvou a necessidade de regulação.

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"Nós precisamos de mão de obra. Mas só é possível nós alocarmos bons recursos humanos à nossa economia se tivermos uma imigração regulada, se as nossas fronteiras tiverem o controlo que precisamos para integrar bem, para dar esperança a quem procura na Europa uma oportunidade de trabalho e para não fomentarmos a imigração ilegal", defendeu.

O primeiro-ministro argumentou também que a imigração ilegal deve ter como consequência "o retorno daqueles que chegam à Europa" ao país de origem e apelou ao "combate às redes ilegais, máfias organizadas, que estão a traficar seres humanos".

Montenegro adiantou que os países do sul da UE presentes na cimeira "estão muito de acordo quanto à necessidade de implementar pactos sobre a imigração", porque, acrescentou, "isso vai dar mais competitividade à economia, com absorção no mercado de trabalho da mão de obra que precisamos e com a consequência que tem de ser implementada para aqueles que violam estas regras".

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O primeiro-ministro reiterou também que o bloco europeu precisa de avançar com a União de Poupança e Investimentos e um mercado único de capitais.

Luís Montenegro afirmou ainda que a UE "precisa de ser mais competitiva do ponto de vista energético", enfatizando que há capacidade produtiva, em particular de energia verde, e que a Europa "não pode tardar em cumprir projetos de interligação" e de ligação a outras áreas geográficas como o norte de África.  

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