PS evoca 50 anos do 25 de Novembro em sessão no Largo do Rato na 3.ª feira

Primeira parte será aberta à comunicação social. A segunda parte vai ser fechada e servirá para analisar a situação política.

21 de novembro de 2025 às 18:21
Fachada do edifício da sede do PS, no Largo do Rato Foto: Pedro Ferreira
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O PS promove uma sessão evocativa dos 50 anos do 25 de Novembro numa reunião da Comissão Política Nacional na terça-feira, data cujo papel dos socialistas e de Mário Soares o partido reivindica "como determinante".

Segundo informação adiantada à Lusa por fonte do PS, esta sessão decorrerá durante a primeira parte, aberta à comunicação social, de uma reunião da Comissão Política Nacional marcada para terça-feira à noite na sede socialista, em Lisboa. A segunda parte vai ser fechada e servirá para analisar a situação política.

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Segundo o programa, esta evocação contará com as intervenções do líder do PS, José Luís Carneiro, da filha de Mário Soares, Isabel Soares, e do coronel Manuel Pedroso Marques, que presidia ao Conselho de Administração da RTP no 25 de novembro de 1975.

Além destes discursos, será exibido um vídeo sobre esta data e lido um excerto da obra "Um político assume-se", de Mário Soares.

No documento no qual é divulgada esta sessão, pode ler-se que o 25 de novembro de 1975 é "uma vitória da esquerda democrática de abril, militar e civil, e de todos os que se aliaram para derrotar a deriva radical e sectária que ameaçava o processo democrático".

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"Com destaque para o chamado Grupo dos Nove no seio do MFA e sob a liderança de Mário Soares e do PS nas ruas e nas praças do nosso país", enfatiza.

O PS reafirma e reivindica "com orgulho" que "Mário Soares e o Partido Socialista foram determinantes, desde a primeira hora, para que prevalecesse o caminho em direção à democracia pluralista" que hoje existe em Portugal.

"Foi nesta luta que o PS, nascido na resistência à ditadura, se forjou como partido popular e se deu a conhecer como força política liderante perante o País, trazendo a consolidação da liberdade", defende.

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No final de setembro, o PS recusou integrar a comissão criada pelo Governo para os 50 anos do 25 de Novembro por considerar que "pretende reescrever a história" ocultando o "papel central" de Mário Soares e do PS, anunciando um programa próprio.

Em conferência de imprensa no parlamento, o líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, considerou então que o 25 de Novembro "não pode ser separado" do 25 de Abril e que, as suas celebrações, deveriam acontecer no quadro da Comissão Nacional para a celebração do 50º aniversário do 25 de abril de 1974.

Na terça-feira de manhã, o parlamento realiza pela, segunda vez, uma sessão solene evocativa do 25 de novembro de 1975, na qual os partidos terão exatamente o mesmo tempo de intervenção do que na sessão solene do 25 de Abril.

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Os acontecimentos do 25 de Novembro, em que forças militares antagónicas se defrontaram no terreno e venceu a chamada ala moderada do Movimento das Forças Armadas (MFA), marcaram o fim do chamado Período Revolucionário em Curso (PREC).

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