PS mantém pressão sobre Passos Coelho

O PS mantém firme a estratégia de afastar Passos Coelho de primeiro-ministro. Esta quinta-feira, o líder socialista, António Costa, foi a Bruxelas reunir apoios e "afastar fantasmas" junto da família partidária, o Partido Socialista Europeu.Em Lisboa, um dos negociadores do PS assumiu que a intenção é juntar a esquerda. "Durante a campanha, o PS bateu-se sempre por um país em que se possa ter uma recuperação de rendimentos, um combate à precariedade e a defesa dos serviços públicos, e isso não se faz com a coligação", disse Pedro Nuno Santos, da equipa de negociadores do PS nas reuniões com o PCP e BE, à TVI. E foi mais longe: "O PS está a construir a maioria que PSD e CDS perderam. O País precisa de uma maioria e o PS está a bater-se por ela". De manhã, em Bruxelas, já António Costa tinha reconhecido que a esquerda tem condições para formar governo: "Aparentemente, estamos em melhores condições do que a coligação para oferecer uma solução estável de governo", disse Costa, pedindo que "não se agitem fantasmas".

Mas um acordo à esquerda está ainda longe de ser uma realidade. Segundo fonte socialista, "estão a ser negociadas as propostas e avaliado o custo das medidas". Esta quinta-feira, Catarina Martins, do BE, disse que o que se está a negociar é um só orçamento. Mariana Mortágua repetiu-o na SIC: "É uma negociação para viabilizar medidas de um primeiro orçamento".

Ou seja, Costa terá de levar a Cavaco Silva um acordo para quatro anos, mas a esquerda dá a entender que os acordos para o Orçamento serão anuais.

A guerra sobre quem deve formar governo já passou fronteiras, com o PS a conseguir o apoio do presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, que afirma ser normal que o "amigo" Costa vá buscar aliados à esquerda. Já o PSD/CDS teve o apoio do líder do Partido Popular Europeu, Joshep Daul, que espera que a coligação "não seja despojada da vitória eleitoral".

A guerra sobre quem deve formar governo já passou fronteiras, com o PS a conseguir o apoio do presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, que afirma ser normal que o "amigo" Costa vá buscar aliados à esquerda. Já o PSD/CDS teve o apoio do líder do Partido Popular Europeu, Joshep Daul, que espera que a coligação "não seja despojada da vitória eleitoral".

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