Recondução da PGR provoca cisão no PSD

Rio diz que é um erro apoiar a procuradora-geral antes de ser ouvido pelo Governo. Secretário-geral e deputados defendem continuação.

08 de setembro de 2018 às 01:30
Rui Rio Foto: Lusa
Rui Rio Foto: Lusa
Rui Rio, pagamentos fantasma, PSD, Sérgio Azevedo Foto: CMTV
Rui Rio, Angola Foto: CMTV

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A recondução de Joana Marques Vidal para o segundo mandato como Procuradora-Geral da República (PGR) abriu uma nova ferida no seio do PSD. Esta sexta-feira, o líder social-democrata, Rui Rio, criticou os políticos e, entre eles, os seus correligionários de partido, que defendem a manutenção da atual PGR.

"Este debate público é um erro. Isto tem que ser feito sem partidarização", disparou Rio. A bala acabaria por atingir diretamente o coração laranja. Momentos antes, o secretário-geral, José Silvano, e o eurodeputado, Paulo Rangel, tinham apoiado a continuação de Marques Vidal no cargo.

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Rio considera que o PSD só deve tomar uma posição depois de ser consultado pelo Governo, o que ainda não aconteceu. Mas vários deputados como António Leitão Amaro ou Duarte Marques já assumiram publicamente a defesa da recondução de Marques Vidal.

"Não é por uma questão de partidarização, mas pela evidência do sucesso da atual PGR", declarou ao Correio da Manhã o vice-presidente da bancada parlamentar, Leitão Amaro. "Só com esta PGR começaram a ser investigados casos de corrupção que envolvem altas figuras da Política e da Economia", como José Sócrates ou Ricardo Salgado.

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"Esta descoordenação era escusada", admite ao CM fonte social-democrata. Mas reconhece que "também poderá ser uma estratégia de Rio para não dar pretexto a Costa de não o consultar sobre o tema".

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