Partido Socialista reforça liderança com 39,9% das intenções de voto nas próximas eleições para o Parlamento, em 2019.
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As férias deram mais força ao Partido Socialista, que, este mês, subiu nove décimas nas preferências dos eleitores para 39,9%, segundo uma sondagem da Aximage para o Correio da Manhã.
Mas sem maioria absoluta, o PS de António Costa só conseguiria formar governo com um dos atuais aliados da geringonça – BE ou PCP – ou, num cenário pouco provável, com o apoio dos partidos da direita.
Os ganhos de Costa fizeram-se muito à custa dos desaires dentro do PSD, que perdeu cerca de três pontos, fixando-se agora em 24,1% das intenções de voto. Para esta queda, muito terá contribuído a oposição interna no partido, com a fação de Passos Coelho contra o atual líder, mas também o divórcio do militante histórico e antigo primeiro-ministro, Santana Lopes, que saiu do PSD para fundar o partido Aliança.
O Bloco de Esquerda também sofreu fortes perdas à conta do polémico caso do ex-vereador da Câmara de Lisboa, Ricardo Robles. O partido de Catarina Martins caiu quase dois pontos percentuais face a julho, ficando com apenas 7,8% das preferências dos inquiridos.
O Bloco deixa de ser a terceira força partidária, a seguir ao PS e PSD, e passa para quarto lugar, cedendo a sua posição ao CDS.
O partido centrista de Assunção Cristas também sai beneficiado das perdas registadas no BE e PSD: sobe de 7,4% para 9,2% nas intenções de voto dos eleitores. Só a CDU – que junta PCP e PEV – parece ter saído incólume destas desventuras partidárias, mantendo o seu rumo tranquilamente nos cerca de 7% das intenções de voto.
Para primeiro-ministro, a maior parte dos inquiridos (57,6%) continua a preferir o atual chefe do Executivo em detrimento de Rui Rio (28%), que nesta sondagem cai quase dois pontos.
A abstenção inverte o sentido, caindo desta vez para 33,5%, e sobe a percentagem de eleitores que tenciona votar nulo, branco ou noutros partidos mais pequenos como o PAN.
Rio com pior nota à frente do PSD
O presidente do PSD, Rui Rio, obteve a pior avaliação de sempre dos eleitores enquanto líder do PSD, segundo uma sondagem da Aximage para o Correio da Manhã: 9,2 valores, numa escala de zero a 20.
Desde que ganhou as diretas do partido, em janeiro, Rio andou sempre entre os 12 e 10 valores, competindo por diversas vezes o segundo lugar com a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins. Mas nunca tinha caído tanto a ponto de ser ultrapassado pelo secretário-geral do PCP Jerónimo de Sousa, e cair para quarto lugar na avaliação dos eleitores.
Em julho, a sondagem dava 10,6 valores ao ex-autarca do Porto, a segunda melhor nota logo a seguir ao secretário-geral socialista António Costa. Em setembro, cai para 9,2, ficando atrás da líder bloquista (9,9 pontos), que ainda assim registou uma descida de quatro décimas, e do secretário-geral comunista (9,8), que subiu seis décimas.
A líder do CDS, Assunção Cristas, não consegue descolar do último lugar com uma avaliação de 8,2 pontos, apesar de ter conseguido subir uma décima face a julho.
Costa mantém-se como o líder partidário com a melhor pontuação: 11,9. Ainda assim, o secretário-geral socialista tem perdido pontos sucessivamente desde abril, quando tinha alcançado 13,7 valores.
Marcelo Rebelo de Sousa com boa nota mas tem perdido pontos desde março
Os eleitores continuam bastante satisfeitos com a atuação do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, atribuindo-lhe uma avaliação de 17,1 (numa escala de zero a 20), segundo a sondagem da Aximage. Mas se analisarmos a sua evolução, concluímos que Marcelo tem perdido alguns pontos desde março quando atingiu a nota mais alta, de 18,5 valores.
‘Súper Mário’ é o melhor e o ministro dos professores é o pior governante de Costa
O ‘superministro’ das Finanças Mário Centeno é o governante com a melhor avaliação por parte dos inquiridos, já o titular da pasta da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, continua como o pior ministro. O braço de ferro entre professores e Governo quanto à contagem de todo o tempo de serviço terá certamente contribuído para a má reputação do ministro.
PORMENORES
Geringonça em 2015
Nas eleições de 2015, a coligação PSD-CDS obteve mais votos: 36,86%. Mas foi o PS com 32,31% que conseguiu formar governo com o apoio parlamentar do Bloco, PCP e PEV.
Passos Coelho em 2011
O PSD de Passos Coelho ganhou as eleições de 2011 com 38,65% dos votos, mas só conseguiu formar governo através de uma coligação com o CDS.
José Sócrates em 2009
O PS ganhou sem maioria absoluta as eleições de 2009 com 36,55% dos votos. A crise e a troika levaram Sócrates a demitir-se do cargo de primeiro-ministro e à queda do Executivo.
FICHA TÉCNICA DA SONDAGEM Universo indivíduos inscritos nos cadernos eleitorais em Portugal com telefone fixo no lar ou possuidores de telemóvel. Amostra aleatória e estratificada (região, habitat, sexo, idade, escolaridade, atividade e voto legislativo) e representativa do universo e foi extraída de um subuniverso obtido de forma idêntica. A amostra teve 603 entrevistas efetivas: 281 a homens e 322 a mulheres; 55 no Interior Norte Centro, 92 no Litoral Norte, 102 na Área Metropolitana do Porto, 112 no Litoral Centro, 164 na Área Metropolitana de Lisboa
e 78 no Sul e Ilhas; 103 em aldeias, 162 em vilas e 338 em cidades. A proporcionalidade pelas variáveis de estratificação é obtida após reequilibragem amostral. Técnica Entrevista telefónica por C.A.T.I., tendo o trabalho de campo decorrido entre os dias 1 a 2 de setembro de 2018, com uma taxa de resposta de 81,9%. Erro probabilístico Para o total de uma amostra aleatória simples com 603 entrevistas, o desvio padrão máximo de uma proporção é 0,020 (ou seja, uma margem de erro - a 95% - de 4,00%).
Responsabilidade do estudo Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direção técnica de Jorge de Sá e de João Queiroz
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