Santos Silva vê com "toda a naturalidade" apoio do PS a António José Seguro
Em janeiro, o dirigente do PS disse que Seguro "não parece cumprir os requisitos mínimos de uma candidatura".
O antigo presidente do parlamento Augusto Santos Silva disse esta segunda-feira ver "com naturalidade" o apoio do PS a António José Seguro nas presidenciais, escusando-se a mais comentários depois de já ter defendido que este candidato não cumpria "requisitos mínimos".
Santos Silva participou esta tarde nas jornadas parlamentares do PS, em Penafiel, distrito do Porto, tendo no final sido questionado pelos jornalistas sobre o apoio decidido na véspera pela Comissão Nacional socialista à candidatura do ex-líder do partido António José Seguro nas eleições presidenciais de janeiro do próximo ano.
"Vi com toda a naturalidade, não tenho nada a acrescentar sobre as eleições presidenciais ao que já disse", respondeu.
Perante as várias insistências dos jornalistas, Santos Silva reiterou que não tinha nada a acrescentar e que já tinha tomado a sua posição sobre estas presidenciais "em devido tempo".
"Vi a decisão tomada pela Comissão Nacional, uma decisão inteiramente legítima, com toda a naturalidade e respeito essa decisão", acrescentou.
Em janeiro, o dirigente do PS disse que Seguro "não parece cumprir os requisitos mínimos de uma candidatura que possa ser apoiada pelo PS e um vasto campo de forças democráticas", afirmou, acusando-o de ficar "pelas banalidades".
No início de julho, e depois de uma reflexão, Santos Silva anunciou que não se iria candidatar às eleições presidenciais, apesar de ter considerado que as candidaturas que estão no terreno "não cumprem as condições para que um vasto campo social e político possa sentir-se representado nas próximas eleições presidenciais".
"Apesar dos muitos apoios de pessoas muito valiosas e importantes para mim que recebi, dos incentivos que recebi e que muito agradeço, do fundo do coração, cheguei à conclusão de que a minha candidatura não seria suficientemente abrangente para ser suficientemente forte", referiu.
Segundo o antigo presidente do parlamento defendeu então, "a melhor candidatura possível" seria uma "candidatura de uma personalidade independente, oriunda da sociedade civil, que possa colocar em cima da mesa" os temas é preciso discutir na campanha presidencial".
"Eu abro espaço para a apresentação de uma candidatura forte, agregadora e independente, retirando a minha disponibilidade e espero que, nos próximos dias, possa surgir uma candidatura que esse assim seja mais abrangente, mais forte, mais agregadora do que a minha seria", apontou nessa altura.
Para o socialista, seria preciso uma "nova candidatura" porque as que estão no "terreno não bastam", nenhuma delas.
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