Secretário de Estado da Defesa demitido foi constituído arguido

Marco Capitão Ferreira é suspeito de corrupção e participação económica em negócio.

07 de julho de 2023 às 12:31
Marco Capitão Ferreira Foto: Geoffroy Van der Hasselt/EPA
Marco Capitão Ferreira Foto: Duarte Roriz/Correio da Manhã

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Marco Capitão Ferreira, o secretário de Estado da Defesa exonerado esta sexta-feira, foi constituído arguido por corrupção e participação económica em negócio.

O Ministério da Defesa Nacional foi alvo de buscas da Polícia Judiciária e do Ministério Público.

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A Polícia Judiciária confirmou, em comunicado, as buscas realizadas na sequência da operação 'Tempestade Perfeita'. No decorrer da ação policial foram executados dois mandados de busca, um de busca domiciliária e outro de busca não domiciliária. A PJ confirma também a constituição de um arguido, conforme o CM tinha apurado. 

A operação pretende recolher elementos que provem a relação com suspeitas de práticas criminosas no exercício de funções públicas.

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O Ministério da Defesa Nacional confirmou, esta sexta-feira, a presença da Polícia Judiciária e do Ministério Público nas suas instalações, na Direção Geral de Recursos da Defesa Nacional, "no âmbito de averiguações a atos praticados entre 2018 e 2021".

"O Ministério da Defesa Nacional reafirma a sua total colaboração com as autoridades em tudo o que lhe for solicitado", indica a nota enviada pelo ministério às redações.

Pedido de demissão

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Na manhã desta sexta-feira, o primeiro-ministro apresentou ao Presidente da República o pedido de exoneração do secretário de Estado Marco Capitão Ferreira, a pedido do próprio. A proposta foi comunicada a António Costa pela ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras.

Pelas 13h00, numa nota partilhada no site da presidência, Marcelo Rebelo de Sousa informou que aceitou o pedido de demissão do secretário de Estado. 

Secretário de Estado envolvido em várias polémicas

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Em junho, o Correio da Manhã revelou que Marco Capitão Ferreira tinha cobrado 50 mil euros por um assessoria de quatro dias. O contrato celebrado com a Direção-Geral de Recurso da Defesa Nacional (DGRDN) tinha um prazo temporal de 60 dias, mas foi executado antes.No domingo, o Tribunal de Contas contradisse o secretário de Estado e afirmou que não tinha o processo dos contratos relativos aos helicópteros que foram objeto do contrato de prestação de serviços de assessoria.Outra notícia do CM divulgou que o governante tinha realizado um serviço de assessoria ao ministério da Defesa, sem ter um contrato celebrado

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