"Simples e solidário": Marcelo Rebelo de Sousa fala ao País sobre morte do Papa Francisco

"Lembrar Francisco é prosseguir a caminhada com ele", disse o Presidente da República.

21 de abril de 2025 às 20:15
Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa Foto: Pedro Nunes/ Reuters
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa falou, esta segunda-feira, ao País sobre a morte do Papa Francisco, no Palácio de Belém, em Lisboa.

"Francisco, descobriu Portugal e Fátima, que não conhecia, tarde na sua vida, em 2017. Canonizando Francisco e Jacinta Marto, iniciando uma longa ligação", começou por dizer. 

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Marcelo Rebelo de Sousa referiu que o Papa Francisco "era o chefe de Estado sucessor da primeira entidade universal" que reconheceu a independência de Portugal, em 1179, "há quase oito séculos e meio".

Recordando-o como "amigo tardio mas intenso de Portugal", o Presidente da República salientou as suas duas visitas ao país, em 2017 por ocasião do centenário de Fátima, e na Jornada Mundial de Juventude, em 2023.

Desses e de outros encontros, em 2016, 2019 e 2021, disse que guarda "a humildade do pároco nunca rendido às vestes do bispo, do cardeal, do papa, simples, aberto, generoso, compreensivo, solidário".

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Marcelo relembrou o Sumo Pontífice como "a mais intensa voz na defesa da dignidade humana, da paz, da justiça, da liberdade, da fraternidade, do diálogo entre culturas e ligações". Francisco deu voz aos "pobres, frágeis, sofredores, sacrificados, excluídos e explorados".

O Presidente da República afirma que falou por todos os portuguesas, "crentes e não crentes, concordantes ou discordantes", enquanto agradecia pelo "carinho" que o Papa devotou a Portugal ao longo dos anos.

Mas agradeceu especialmente pela presença de Francisco ao lado dos que "morrem, vítimas das migrações e refúgios forçados, da primazia da guerra, do esmagamento de povos".

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"Lembrar Francisco é prosseguir a caminhada com ele", disse Marcelo.

O Presidente terminou o discurso realçando que os esforços do Sumo Pontífice eram de todos. "A sua luta não é a de um credo, de uma igreja, de uma nação eleita, de uma raça, de uma casta, de uma ideologia de um ser humano pré-destinado. A sua luta é de todos, hoje, amanhã e sempre", terminou.

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