Socialistas questionam Governo sobre execução de medidas criadas no executivo PS

José Luís Carneiro acusou esta quinta-feira o Governo de "perder tempo em matéria de gestão florestal".

21 de agosto de 2025 às 23:30
José Luís Carneiro Foto: MIGUEL A. LOPES/Lusa
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O líder do PS, José Luís Carneiro, acusou esta quinta-feira o Governo de "perder tempo em matéria de gestão florestal" e enviou quatro perguntas sobre concretizações de medidas criadas ainda durante o executivo liderado por António Costa.

"Fizemos quatro perguntas ao Governo, que exigem uma resposta. Porque era bom que soubéssemos porque é que o Governo da AD andou a perder tempo em matéria de gestão florestal", pode ler-se, numa publicação de José Luís Carneiro na rede social X.

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Na primeira pergunta, o PS apontou que, no último Conselho de Ministro do Governo liderado por António Costa, ficou "aprovado um diploma de reforma da propriedade rústica em Portugal, com medidas importantes como a limitação do período temporal de heranças indivisas ou a proibição da compropriedade abaixo da unidade mínima de cultura".

E questionou: "O que fez o atual Governo para pôr em prática esta legislação?".

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Os socialistas perguntaram também quantos Condomínios de Aldeia foram constituídos pelo Governo da AD, referindo que o último Governo do PS avançou com medidas "como a criação dos Condomínios de Aldeia, com objetivo de alterar a ocupação do solo na envolvente dos aglomerados populacionais com culturas agrícolas mais resilientes ao fogo", acrescentando que "ficaram aprovados e garantido o financiamento de 800 Condomínios de Aldeia".

O PS questionou ainda "quantas áreas integradas de gestão da paisagem é que o Governo da AD criou até agora", sublinhando que o Governo socialista "criou a figura das Áreas Integradas de Gestão da Paisagem, mosaicos florestais que compartimentam a floresta com agricultura de forma a conter a propagação de fogos", "criou 14 áreas deste tipo e garantiu 200 milhões de financiamento pelo PRR (Plano de Recuperação e Resiliência)".

O partido liderado por José Luís Carneiro perguntou ainda quantas Faixas de Interrupção de Combustível (FIC) foram criadas pelo executivo de Luís Montenegro, apontando que o Governo do PS criou as FIC "conseguindo um financiamento de 70 milhões de euros via PRR".

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As questões foram divulgadas por José Luís Carneiro pouco depois de serem conhecidas as conclusões da reunião do Conselho de Ministros desta quinta-feira sobre os incêndios, em que foram aprovadas 45 medidas para mitigar efeitos dos fogos florestais.

Luís Montenegro disse esta quinta-feira querer consensualizar na Assembleia da República um pacto para a gestão florestal e proteção do território e reconheceu que "nem tudo correu bem" no combate aos incêndios.

O primeiro-ministro afirmou que o executivo aprovou um plano de intervenção para as florestas de 2025 a 2050, que irá agora remeter à Assembleia da República para "a realização de um debate sobre o seu conteúdo".

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Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais de grande dimensão desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro. Três pessoas morreram e registaram-se vários feridos.

Segundo dados oficiais provisórios, até 21 de agosto arderam 234 mil hectares no país, mais de 53 mil dos quais só no incêndio de Arganil.

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