Sondagens dão segundo mandato a Marcelo sem dar luta

Atual Presidente da República regista ligeira contração mas mantém maioria absoluta segundo Barómetro Intercampus.

22 de junho de 2020 às 08:35
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À primeira volta, batendo o próprio resultado e sem um adversário que lhe faça sombra. Se as eleições presidenciais fossem hoje, Marcelo Rebelo de Sousa conseguiria um segundo mandato em Belém, com 62,6% dos votos. A conclusão é do último Barómetro da Intercampus para o CM que mostra, contudo, uma ligeira contração no resultado do atual Presidente da República face à edição anterior, quando arrecadava 64,5% das intenções.

Bem longe mas reforçando posição, com 10,8%, é Ana Gomes quem ocupa o segundo lugar. A ex-eurodeputada, que diz ter outras "prioridades" para lá da corrida a Belém, já se distanciou da plataforma que a apoia. A socialista está consciente de que a candidatura acentuaria o mal-estar interno no PS, uma vez que António Costa já manifestou publicamente o apoio a Marcelo.

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Apesar de André Ventura se ter manifestado convicto, no fim de semana, de que irá disputar uma segunda volta com Marcelo, os números do último Barómetro mostram que tal não seria possível. O fundador do Chega, que já se autointitulou como "o único candidato de direita", ficar-se-ia pelos 9,8%. Até agora, Ventura foi o único a anunciar a candidatura.

Fora do pódio estão os tradicionais nomes da esquerda, que também reforçam posição face à edição anterior do Barómetro. Marisa Matias sobe para os 5,4%. A bloquista já levantou a ponta do véu sobre a corrida, ao escrever que "as escolhas deste ano e do próximo ano vão determinar o país que teremos". Já os comunistas atiram "lá para setembro" a escolha do candidato presidencial. Jerónimo de Sousa conseguiria agora 3,3% dos votos se fosse candidato.

O Barómetro introduz ainda a figura de Paulo Portas, com o ex-presidente do CDS-PP a reunir 2,8%. Contudo, numa entrevista recente, o centrista avisava que o regresso à política não aconteceria em "breve".

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70,35%

Resultado histórico atingido por Mário Soares em 1991 para um segundo mandato em Belém. Apesar dos níveis de popularidade, Marcelo Rebelo de Sousa nunca chegou a superar esta fasquia em nenhuma edição do Barómetro CM/Intercampus.

Melhoria face a 2016

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A confirmarem-se as previsões, o atual Presidente conseguiria um resultado melhor do que o alcançado nas eleições de 2016, onde registou 52%. Apesar de alguns ‘deslizes’ no discurso, Marcelo só confirma uma nova candidatura em novembro.

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