"Tudo faremos para levar os que participaram nestes tumultos à justiça": MAI sobre noites de violência em Lisboa
Margarida Blasco classificou os distúrbios como "perfeitamente inadmissíveis".
A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, garantiu que todos os envolvidos nos desacatos em retaliação à morte do homem morto a tiro pela PSP serão levados à justiça.
"Os distúrbios são perfeitamente inadmissíveis. Queria dizer que a PSP em articulação com outras forças de segurança está a repor e a dar apoio às populações que querem seguir o seu dia a dia de forma normal. Tudo faremos para levar os que participaram nestes tumultos à justiça", disse.
Segundo a ministra Margarida Blasco, já se realizou esta noite uma reunião de urgência do Sistema de Segurança Interna, mas recusou adiantar se haverá algum reforço de meios.
A governante confirmou aos jornalistas que já foram detidas três pessoas por vandalismo nas últimas horas.
Os desacatos que decorrem desde segunda-feira após a morte de um homem baleado pela PSP espalharam-se à noite a várias zonas da Grande Lisboa, nomeadamente Carnaxide (Oeiras), Casal de Cambra (Sintra) e Damaia (Amadora), adiantou à Lusa fonte policial.
Fonte da PSP adiantou à Lusa que três pessoas foram detidas no concelho da Amadora, duas por incêndio e agressões a agentes policiais e outro por incêndio e posse de material combustível.
No bairro da Portela, Carnaxide, Oeiras, foi incendiado na terça-feira à noite um autocarro, além de vários caixotes do lixo e uma viatura ligeira.
Odair Moniz, de 43 anos, foi baleado por um agente da PSP na madrugada de segunda-feira, no Bairro da Cova da Moura, na Amadora, e morreu pouco depois, no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa.
Na segunda-feira, o Ministério da Administração Interna determinou à Inspeção-Geral da Administração Interna a abertura de um inquérito urgente e também a PSP anunciou a abertura de um inquérito interno para apurar as circunstâncias da ocorrência. O agente que baleou o homem foi entretanto constituído arguido, indicou fonte da Polícia Judiciária.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt