Ventura alerta que "suspeitas de corrupção" não devem significar recuo na privatização

Candidato presidencial defendeu que todas as investigações devem ser feitas, mas realçou que "os portugueses também têm direito a que a TAP não se transforme num saco sem fundo".

18 de novembro de 2025 às 18:11
André Ventura Foto: José Coelho/Lusa
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O candidato presidencial e líder do Chega considerou esta terça-feira que "suspeitas de corrupção" relacionadas com a privatização da TAP em 2015 não podem significar que os portugueses "continuam a pagar" e a companhia se transforma "num saco sem fundo".

"Haver suspeitas de corrupção não pode querer dizer que os portugueses continuam a pagar, a pagar, a pagar e a pagar, só gastam dinheiro com a TAP e nunca têm nada de volta: uma coisa não significa a outra", alertou André Ventura, em declarações aos jornalistas à margem de uma ação de campanha na Universidade Lusíada, em Lisboa.

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O candidato presidencial defendeu que todas as investigações devem ser feitas, mas realçou que "os portugueses também têm direito a que a TAP não se transforme num saco sem fundo".

"Estamos lá a gastar dinheiro indefinidamente e nunca mais somos ressarcidos. Os melhores países do mundo, quando os Estados tiveram que pôr dinheiro nas companhias aéreas, devolveram aos utentes esse dinheiro. Na TAP o que nós temos é «paga, paga, paga», e não tens nada de volta", criticou.

Ventura defendeu uma TAP que "privilegie o contacto com as comunidades" e defenda "as rotas tradicionais", mas onde "a corrupção seja combatida a sério".

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O candidato a Belém defendeu "uma justiça forte, capaz, interventiva e independente, capaz de fazer o que tem que ser feito".

A TAP, o Grupo Barraqueiro e a Parpública estão esta terça-feira a ser alvo de buscas da PJ, com vários meios de comunicação social a apontar alegados crimes na privatização concluída em 2015.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou, em setembro do ano passado, a receção do relatório da Inspeção-Geral das Finanças (IGF) sobre a privatização da TAP, em 2015, e enviou o documento para o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).

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O inquérito em causa foi aberto em fevereiro de 2023 e resultou da participação efetuada por Fernando Medina e Pedro Nuno Santos, então ministros das Finanças e das Infraestruturas e Habitação (PS), respetivamente.

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