Vereador do PSD/Matosinhos acusa presidente de não resolver poluição das praias
Bruno Pereira lembrou que é a terceira vez este ano que a Agência Portuguesa do Ambiente deteta nas praias da zona bactérias que são de "extrema perigosidade" para a saúde pública dos banhistas.
O vereador do PSD da Câmara de Matosinhos criticou esta quarta-feira a presidente por em oito anos "nada ter feito" para resolver os problemas de poluição nas praias daquele concelho, enquanto Luísa Salgueiro garantiu que tem feito um trabalho intenso.
"Luísa Salgueiro nada fez em oito anos para minimizar este flagelo, de facto, é de lamentar a displicência e inércia para solucionar este assunto", afirmou Bruno Pereira.
O social-democrata, que também é candidato pelo PSD àquela autarquia do distrito do Porto, lembrou que é a terceira vez este ano que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) deteta nas praias de Matosinhos bactérias que são de "extrema perigosidade" para a saúde pública dos banhistas.
Os banhos na praia de Matosinhos estão interditados desde hoje por contaminação microbiológica, depois de estarem desaconselhados desde segunda-feira.
Bruno Pereira assinalou que a praia de Matosinhos é a principal praia urbana da Área Metropolitana do Porto (AMP), a única servida pelo metro e que é frequentada durante todo o ano sendo, por tudo isto, imperativo que a câmara tome medidas.
"Não é aceitável sujeitar a população a estás perigosidades e comprometer a atividade económica e turística de Matosinhos", considerou.
Bruno Pereira apontou que nos últimos anos tem havido inúmeros relatos de banhistas que, durante a época balnear, tiveram de receber tratamento hospitalar e farmacêutico.
"É impressionante que em Matosinhos, que tem como autarca a presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses, ainda existam linhas de água a desaguar nas nossas praias, que são verdadeiros esgotos a céu aberto", vincou.
Confrontada com estas críticas do PSD, Luísa Salgueiro salientou que tem desenvolvido um trabalho intenso na melhoria da qualidade da água balnear.
A autarca, que se recandidata a um terceiro e último mandato, revelou estar em curso um plano de deteção, caracterização e resolução de anomalias que possam alterar a qualidade da água na zona balnear.
"Está já terminada uma das peças fundamentais do plano que resulta da realização do Cadastro Municipal de Águas Pluviais, um trabalho exaustivo, estabelecido em conjunto com a Indaqua, e que permite que a autarquia conheça agora, com detalhe, toda a rede de água pluviais, mas em particular a rede que drena para as duas linhas de água canalizadas na malha urbana, numa extensão total de cerca de cinco quilómetros de canal", vincou.
Paralelamente, os técnicos da autarquia estão a realizar um trabalho de porta a porta para detetar ligações indevidas à rede pluvial, contou.
Além disto, acrescentou, a autarquia prevê ainda desenvolver campanhas de sensibilização e educação ambiental dirigida à população, escolas, empresas e organizações da sociedade civil.
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