Rui Rio disse ao líder parlamentar que queria trabalhar com outra direção parlamentar.
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O líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, anunciou esta quarta-feira que irá "devolver a palavra aos deputados para eleger uma nova direção parlamentar", depois de Rui Rio lhe ter manifestado o desejo de trabalhar com outra liderança de bancada.
Por isso, confirmou o próprio à Lusa, irá "devolver a palavra aos deputados para eleger uma nova direção parlamentar".
A decisão do líder parlamentar está a ser anunciada aos deputados numa reunião da bancada do PSD e foi tomada depois de um encontro que decorreu no passado sábado com Rui Rio, no qual o líder eleito do PSD lhe terá manifestado "o desejo de trabalhar com outra direção parlamentar".
O líder parlamentar do PSD recordou que, como referiu em entrevista à Antena 1 em dezembro, falaria com o novo presidente do PSD, fosse ele quem fosse, e "embora o Grupo Parlamentar do PSD seja um órgão autónomo não há presidente do Grupo Parlamentar contra a vontade determinada do presidente do Partido".
Hugo Soares diz que decisão de não se recandidatar é sua perante vontade de Rio
O líder parlamentar do PSD afirmou hoje que foi sua a decisão de convocar eleições para a bancada e não se recandidatar, perante a vontade expressa por Rui Rio de trabalhar com "uma direção do grupo parlamentar diferente".
"É evidente que não sou candidato", afirmou Hugo Soares, no final da reunião da bancada do PSD, questionado pelos jornalistas.
Sobre os motivos que o presidente eleito do PSD lhe terá dado para não querer continuar a trabalhar consigo, Hugo Soares frisou que Rui Rio "não tem de explicar motivos nenhuns".
"A decisão é minha e eu é que tenho de perceber se da parte do doutor Rui Rio há ou não há confiança política e vontade de continuar a trabalhar com a atual direção parlamentar (...) O doutor Rui Rio transmitiu-me o desejo de trabalhar com uma direção de grupo parlamentar diferente, cabe ao presidente do grupo parlamentar interpretar os sinais e a decisão é minha de devolver a palavra aos colegas deputados para eleger nova direção", explicou.
Para Hugo Soares, a conversa com Rui Rio "era a condição que faltava" para tomar a decisão de convocar eleições para a próxima semana, no dia 22.
O ainda líder da bancada agradeceu aos colegas que o elegeram "há cerca de seis meses com 85% dos votos" e assegurou que se manterá "na primeira linha de combate político ao PS".
"Foram seis meses muito difíceis: praticamente tomámos posse com o anúncio da não recandidatura do doutor Passos Coelho, com uma campanha interna do partido, com uma moção de censura, com um debate orçamental e vários debates quinzenais", recordou, dizendo não estar desiludido com este desfecho, apenas "orgulhoso no trabalho" feito nos últimos seis meses.
Questionado se ficou em causa a autonomia do grupo parlamentar, Hugo Soares não respondeu diretamente: "Não tenho dúvida nenhuma que o grupo parlamentar do PSD continuará a ser fortíssima oposição ao PS, é isso que nos deve mobilizar".
Quanto ao lugar que ocupará no futuro no parlamento, Hugo Soares não esclareceu se irá para a última fila do plenário, mas garantiu que estará "sempre na linha da frente no combate ao PS e a ajudar o doutor Rui Rio na construção de uma alternativa".
O líder parlamentar escusou-se também a "interpretar" se esta posição de Rui Rio será a melhor para unir o partido, dizendo que "a interpretação dos sinais é dos comentadores, dos articulistas".
Sobre o seu sucessor, Hugo Soares manifestou-se convicto que na bancada do PSD, "a maior do parlamento", "há várias e vários colegas com capacidade de protagonizar o combate a António Costa e de serem excelentes líderes parlamentares" e aproveitou para deixar um elogio ao ainda presidente do partido.
"Qualquer líder que desperdice o legado de Pedro Passos Coelho está a cometer um erro crasso, não me parece que o doutor Rui Rio o vá fazer", disse, considerando Passos "um dos melhores primeiros-ministros da história de Portugal".
Hugo Soares disse ainda esperar que o facto de a decisão de deixar a liderança da bancada ter sido articulada e comunicada com antecedência não traga qualquer "intranquilidade" ao Congresso do PSD do próximo fim de semana, que espera que decorra com "grande moderação".
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