Presidente da República falou aos jornalistas, durante uma visita ao Centro de Educação para o Cidadão com Deficiência, em Sintra.
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O Presidente da República declarou esta segunda-feira ter "uma forte esperança" de que as conclusões da investigação criminal ao desaparecimento de material militar de Tancos sejam conhecidas dentro "de dias ou de semanas - e não de meses".
Marcelo Rebelo de Sousa falava em resposta aos jornalistas, durante uma visita ao Centro de Educação para o Cidadão com Deficiência (CECD), no concelho de Sintra.
"Estamos, penso eu, na ponta final da investigação criminal. E essa investigação criminal irá apurar, certamente, factos e eventuais responsáveis. E eu hoje tenho uma forte esperança que seja uma questão de dias ou de semanas e não de meses, portanto, que estejamos mesmo muito próximos do conhecimento das conclusões da investigação criminal", afirmou.
Questionado se lhe deram sinais de que em breve haverá conclusões da investigação judicial ao desaparecimento de material militar do Paiol de Tancos, em Santarém, o chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas respondeu: "É a minha convicção".
"Olhando para o tempo decorrido e olhando para as questões em apreço, tenho muita esperança que seja, como disse, uma questão de dias, de semanas e não de meses", reiterou.
Esta segunda-feira, o primeiro-ministro, António Costa, defendeu que o Governo "já fez aquilo que tinha a fazer" relativamente ao caso de Tancos, revelado há mais de um ano, em resposta ao presidente do PSD, Rui Rio, que no domingo exigiu ao Ministério Público que rapidamente faça a "acusação correta", considerando que o executivo é "incapaz de dar mais respostas".
Confrontado com as declarações do primeiro-ministro, o Presidente da República referiu que já se pronunciou sobre este tema "em junho, julho, quando passou o primeiro aniversário" do caso de Tancos, e "depois quando se falou de questões na investigação".
"E disse aquilo que me parece fundamental: que estamos, penso eu, na ponta final da investigação criminal", completou Marcelo Rebelo de Sousa, não se pronunciando sobre a posição do Governo.
Interrogado se pensa que existe um problema de segurança nacional, o chefe de Estado respondeu: "Há um aspeto fundamental que é saber o que se passou e em que termos se passou. Só depois é que poderemos saber qual é a amplitude do que sucedeu, antes, durante e depois".
"É importante saber o que aconteceu antes, o que aconteceu durante e o que aconteceu depois, nomeadamente na recuperação do material desaparecido", frisou.
Marcelo Rebelo de Sousa escusou-se também a comentar as declarações do presidente do PSD e a reação do ministro da Defesa Nacional, José Azeredo Lopes, no Facebook.
"Eu não comento declarações de um líder, neste caso, o líder da oposição, mas de qualquer líder partidário, numa 'rentrée', como não comento o comentário de um blogue pessoal de um membro do Governo", justificou.
O furto de material militar dos paióis de Tancos - instalação entretanto desativada - foi revelado no final de junho de 2017. Entre o material furtado estavam granadas, incluindo antitanque, explosivos de plástico e grande quantidade de munições.
Em 18 de outubro passado, a Polícia Judiciária Militar recuperou, na zona da Chamusca, quase todo o material militar que tinha sido furtado da base de Tancos no final de junho, à exceção das munições de 9 milímetros.
Contudo, entre o material encontrado, num campo aberto na Chamusca, num local a 21 quilómetros da base de Tancos, havia uma caixa com cem explosivos pequenos, de 200 gramas, que não constava da relação inicial do que tinha sido roubado, o que foi desvalorizado pelo Exército e atribuído a falhas no inventário.
Citando partes de acórdãos do Ministério Público relativos à investigação judicial ao furto de Tancos, o jornal Expresso referia, em 14 de julho, que, além das munições de 9 milímetros, há mais material em falta entre o que foi recuperado na Chamusca, como granadas de gás lacrimogéneo, uma granada de mão ofensiva, e cargas lineares de corte
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