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Governo vendeu Novo Banco com dúvidas

Costa admite em resposta ao BE que “havia enormes incertezas” sobre imparidades registadas.

20 de março de 2019 às 08:26
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Governo vendeu Novo Banco com dúvidas

Pela primeira vez desde a venda do Novo Banco, o primeiro-ministro reconheceu ontem que o Governo vendeu o banco à Lone Star sem ter a certeza sobre se as imparidades estavam bem contabilizadas e se havia riscos futuros.

No debate quinzenal, a líder do BE, Catarina Martins, confrontou António Costa com as recentes declarações do presidente da comissão de acompanhamento da venda do Novo Banco, que disse terem sido escondidas perdas antes da venda, para ocultar o custo real para o erário público".

Costa admitiu então que "havia enormes incertezas". Daí ter havido "tão poucos interessados na compra e o único interessado final ter exigido um mecanismo contingente, porque tinha dúvidas que todas as imparidades estivessem devidamente evidenciadas".

O primeiro-ministro voltou então a apontar baterias ao governador Carlos Costa: "A informação disponibilizada então pelo Banco de Portugal e aquilo que eram as dúvidas citadas pelo comprador não permitiam concluir de forma categórica que a situação do banco não fosse diferente daquela que as contas podiam evidenciar."

Costa evitou, contudo, dizer de forma direta se houve factos escondidos do Estado. Antes, em Belém, o líder do PSD já tinha admitido que a auditoria ao Novo Banco deveria incluir a atual administração.

O debate quinzenal com o primeiro-ministro ficou ainda marcado pelo tema dos transportes públicos e a implementação dos passes únicos, que o PSD apelidou de "coincidência eleitoral".

"O que tem a dizer aos portugueses que pagarão o passe único das áreas metropolitanas sem terem direito a nada", atirou o líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, aludindo à escassa oferta.

Na resposta, Costa reiterou que a redução tarifária é "um programa nacional". E, embalado pelo apoio de PCP e BE, frisou: "Estamos a vir do fundo dos infernos relativamente ao sistema de transportes públicos."

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Já Jerónimo de Sousa, do PCP, sublinhou a importância da "valorização de todas as carreiras por igual". Entretanto, no debate com o PSD, Costa amuou e deixou uma resposta a meio.

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