Chefe de Estado considerou que a definição de regras é uma questão "técnico-científica" e não política.
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O Presidente da República disse aguardar por uma avaliação da Direção Geral de Saúde sobre a Festa do Avante! e outros eventos que seja "compreensível" pela maioria dos portugueses, e que respeite a igualdade de tratamento.
"A DGS [Direção-Geral da Saúde] vai ter que fazer uma avaliação, uma avaliação que seja compreensível pela maioria dos portugueses e respeite o princípio da igualdade de tratamento sobre as condições sanitárias que devem rodear os vários eventos, esse é um deles, de forma a que os portugueses percebam", considerou o Presidente da República.
Presidente da República aguarda por decisões da DGS sobre Festa do Avante!
Depois de uma manhã em que visitou três hotéis da capital para avaliar as consequências da pandemia da covid-19 no setor hoteleiro, o Presidente foi questionado sobre a realização da Festa do Avante!, cujas regras ainda não estão totalmente definidas.
"A definição de regras tem dois objetivos: o primeiro é garantir que não há problemas de saúde pública, o segundo objetivo é os portugueses olharem para aquilo como um exemplo de boa conduta das autoridades sanitárias", sustentou.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, a compreensão dos portugueses em relação às regras do evento é essencial "porque os portugueses sabem que estão perante uma epidemia que está para durar e não podem descolar das autoridades em geral em termos de credibilidade".
"Eu tenho fugido a pronunciar-me [sobre a Festa do Avante!] porque acho que ainda não é o tempo mas há de chegar o tempo em que as autoridades sanitárias hão de dizer o que faz sentido", disse, referindo-se a regras sobre o número de pessoas, a forma de distanciamento, etc.
O chefe de Estado considerou que a definição de regras é uma questão "técnico-científica" e não política, admitindo, no entanto que o jogo político em torno da questão é "respeitável" e "faz parte" e sublinhou que "a capacidade de explicar aos portugueses vai ser a pedra de toque".
"As autoridades têm que fazer aquilo que cientificamente e tecnicamente é aconselhável tendo sempre presente a credibilidade que têm que ter dos portugueses na semanas seguintes, nos meses seguintes porque a realidade continua não para naquele dia, não para antes, nem para depois", alertou Marcelo.
Entre os eventos "que envolvam milhares de pessoas" que carecem de avaliação das autoridades de saúde, Marcelo Rebelo de Sousa referiu ainda as feiras do Livro de Lisboa e Porto, que devem ser objeto de orientações percetíveis.
Na quarta-feira, a ministra da Saúde, Marta Temido, defendeu que a lotação da Festa do Avante! terá este ano que ser inferior à capacidade máxima de 100 mil pessoas do recinto no Seixal, por causa da covid-19.
A ministra assegurou que à organização da Festa do Avante! "não será permitido o que está proibido nem proibido o que está permitido" e que "não haverá exceções" às regras adotadas pelas autoridades de saúde para conter o contágio pelo novo coronavírus.
Na conferência de imprensa de apresentação da Festa do Avante! deste ano, no passado dia 04, o principal responsável da organização, Alexandre Araújo, garantiu que serão cumpridas escrupulosamente as regras de distanciamento e higiene impostos pelas autoridades.
O membro do Secretariado do Comité Central do PCP evitou na altura adiantar "números" de bilhetes já vendidos para o evento de entre 04 e 06 de setembro, qualquer previsão de visitantes ou mesmo esclarecer se vai haver um limite à entrada de pessoas.
O dirigente do PCP confirmou que a venda de bebidas alcoólicas, por exemplo, vai respeitar "legislação e regras em vigor", pois "neste momento é proibida a sua venda depois das 20:00, à exceção de estabelecimentos de restauração", e será isso que se vai passar nas quintas da Atalaia e do Cabo da Marinha, Amora, Seixal, entre 04 e 06 de setembro.
Contudo, evitou adiantar números de bilhetes já vendidos, qualquer previsão de visitantes ou esclarecer se vai haver um limite à entrada de pessoas no recinto, cuja lotação máxima é de 100 mil pessoas.
"A festa não é exceção em relação àquilo que está hoje colocado, do ponto de vista das recomendações quanto a aglomerações, da distância física que se deve conservar, do uso da máscara quando se está em determinados espaços ou com determinado número de pessoas. Isso hoje são aspetos que estão em aplicação e que o conjunto dos portugueses adotou esse tipo de procedimentos. Na festa isso não será diferente", assegurou
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