Partidos reagiram às palavras do primeiro-ministro.
'Incapacidade' e 'propaganda': As críticas dos partidos à mensagem de Natal de Costa
Os partidos políticos teceram críticas à mensagem de Natal do primeiro-ministro, António Costa, divulgada este sábado.
IL acusa Costa de não perder uma oportunidade de "fazer propaganda"
O presidente da Iniciativa Liberal considerou que a mensagem de Natal do primeiro-ministro foi uma mensagem "sem esperança, sem uma ideia de futuro" e acusou António Costa de não perder "uma oportunidade de fazer propaganda".
Numa reação em vídeo, João Cotrim Figueiredo afirmou que se tratou de "uma mensagem muito triste, sem esperança, sem uma ideia de futuro".
"Um pouco como este Governo já nos habituou", disse.
IL acusa Costa de não perder uma oportunidade de "fazer propaganda"
Apontando que "próprio primeiro-ministro, no final, reconhece que esta época pré-eleitoral não é uma boa altura para fazer mensagens de Natal, aproveitando o facto de estar a ocupar o cargo de primeiro-ministro", o líder da Iniciativa Liberal assinalou que "o Presidente da República, no ano passado, cancelou a sua mensagem de Ano Novo exatamente porque estava próximo das presidenciais".
"Mas já se sabe, António Costa não perde uma oportunidade de fazer propaganda e, neste caso, uma propaganda, repito, muito triste e sem qualquer ideia de futuro", criticou.
O deputado afirmou também que "esta mensagem do primeiro-ministro não tem muito que comentar porque não foi bem mensagem de Natal, foi um comentário à gestão da pandemia".
CDS acusa primeiro-ministro de querer resumir Portugal "à covid e ao medo da doença"
Numa reação em vídeo, a cabeça de lista do CDS pelo Porto nas eleições legislativas de 30 de janeiro, Filipa Correia Pinto, considerou que a mensagem de Natal do chefe do Governo "tem um único objetivo, confinar e resumir Portugal e a nossa vida coletiva à covid e ao medo da doença".
Apontando que "há mais vida para além da pandemia" a candidata salientou que "o CDS não aceita o confinamento político em que António Costa quer encerrar Portugal até às próprias eleições".
PSD diz que mensagem de Costa faz crer que só pandemia corre mal no país
"Ao incidir a mensagem apenas e só na pandemia e numa análise geral sobre os efeitos desta, o senhor primeiro-ministro permite que passe a impressão que o que esteja a correr mal no nosso país se deve apenas e só aos efeitos diretos ou indiretos da pandemia e, todos sabemos, não ser verdade", afirmou, numa declaração na sede do PSD do Porto.
Ao fazer uma análise sobre o momento atual que o país vive, o governante deu a ideia de que "os males da economia, da saúde e da educação" têm todos que ver com a pandemia, sublinhou o social-democrata.
BE diz que se esperava mais de mensagem
O BE lamentou que a mensagem de Natal do primeiro-ministro tenha sido um "discurso monotemático" e não tenha tido "uma palavra" sobre a falta de professores ou o combate ao crime económico, apontando que se esperava "mais".
"António Costa teve um discurso monotemático num momento em que os desafios do país são variados", afirmou o líder parlamentar bloquista num vídeo enviado às redações.
Pedro Filipe Soares defendeu que "esperava-se mais" de "um discurso que em princípio é marcante sobre o momento" que o país atravessa.
"Mas não teve uma palavra sobre os professores que faltam nas escolas, e como isso afeta as famílias, não houve uma única observação sobre as alterações climáticas e a resposta que os jovens exigem, não teve nenhuma abertura para o combate à precariedade laboral", lamentou.
O dirigente do BE criticou também que "nem uma ideia para uma economia justa, capaz de criar mais riqueza e de a distribuir melhor para melhorar a vida de todas e de todos" e que "num ano marcado, por mais uma vez, fraudes milionárias", o primeiro-ministro não tenha dirigido "nem uma única palavra sobre combate ao crime económico".
Também ao nível da covid-19, "faltou uma palavra para justificar a falta de investimento no Serviço Nacional de Saúde ou do reforço de equipas e serviços de rastreio, tão essenciais neste momento pandémico", considerou Pedro Filipe Soares.
Chega: Mensagem de Natal do primeiro-ministro não traz "nada de novo"
O presidente do Chega defendeu este sábado que a mensagem de Natal do primeiro-ministro não traz "nada de novo" e demonstrou uma "incapacidade" de António Costa se responsabilizar pelos problemas do país, além de "esquizofrenia política".
"Estas duas características marcam a mensagem de Natal de António Costa, a incapacidade de se auto responsabilizar e perceber que os erros que o seu Governo cometeu estão a gerar aos portugueses os problemas que hoje estamos a viver, e a esquizofrenia política de não perceber que tudo o que está em seu redor, que todos os grandes dramas que estamos a viver hoje, têm também o seu cunho e a sua mão enquanto primeiro-ministro", afirmou André Ventura.
Num vídeo enviado às redações, o líder do Chega criticou também que "o Governo de António Costa foi responsável pelo desastre" dos setores que elogiou e "vem agora saudá-los como se o seu esforço tivesse sido também acompanhado pelo esforço do Governo".
O presidente e deputado único do Chega referiu também que a mensagem hoje transmitida pelo chefe de Governo "segue o padrão de todas as outras que tem transmitido ao país: ainda falta trabalho por fazer, ainda há muitos problemas, ainda há muitas batalhas a travar".
"Mas, diz António Costa, ainda é ele o melhor para o fazer. Nada de novo, nenhum sentimento de esperança", criticou.
Apontando que registou "o mesmo tom, habitual, de sempre, de derrota e de fatalismo do senhor primeiro-ministro", André Ventura disse que foi "a mensagem permanente de que o combate contra a pandemia não está travado, que gostava de ter feito mais, mas não foi possível, de que ainda não vamos ter o tempo que esperávamos nem o Natal que esperávamos".
"É aquele discurso do género a culpa não é minha, a culpa é das circunstâncias e dos outros", apontou também.
PCP queria ter ouvido primeiro-ministro apontar "resposta global aos problemas" do país
O PCP defendeu hoje que o primeiro-ministro devia, na sua mensagem de Natal, ter apontado "uma perspetiva de resposta global aos problemas" dos portugueses e comprometer-se com o reforço dos profissionais do Serviço Nacional de Saúde.
"Era preciso que a mensagem de Natal do primeiro-ministro apontasse uma perspetiva de resposta global aos problemas do país e do povo português, mas não foi isso que aconteceu", afirmou o líder parlamentar comunista num vídeo divulgado este domingo à imprensa.
Nesta reação, no dia seguinte à transmissão da mensagem de Natal do primeiro-ministro, João Oliveira disse que queria ter ouvido António Costa dar respostas para a "situação de milhões de portugueses que vão atravessar esta quadra festiva atravessando problemas de desemprego, de baixos salários ou baixas pensões, de horários de trabalho desregulados ou precariedade laboral, de falta de acesso à habitação ou risco de a perder, ou de falta de creche para os seus filhos".
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