Deputado do PS, Pedro Costa, disse que é necessário "Reforçar a proximidade com os munícipes".
A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou esta terça-feira uma moção do PS pela descentralização das sessões deste órgão deliberativo, que tenham uma agenda própria mais focada na participação do público e que percorram todas as 24 freguesias do município.
"Reforçar a proximidade com os munícipes" foi o argumento apresentado pelo deputado do PS Pedro Costa, presidente da Junta de Freguesia de Campo de Ourique, na apresentação da moção "pela descentralização das sessões das Assembleias Municipais", que acolheu alteração proposta pela Iniciativa Liberal (IL) e que deverá descer ao grupo de trabalho de revisão do regimento da Assembleia Municipal de Lisboa.
Na reunião deste órgão deliberativo do município, por videoconferência devido à evolução da situação pandémica, a iniciativa socialista foi viabilizada com os votos a favor de BE, Livre, PCP, deputada independente eleita pela coligação PS/Livre Daniela Serralha, PS e IL, a abstenção de PEV e Aliança, e os votos contra de PAN, PSD, MPT, PPM, CDS-PP e Chega.
No debate para declarações políticas, o socialista Pedro Costa aproveitou para criticar a ideia do atual executivo camarário, sob a presidência de Carlos Moedas (PSD), de criar uma assembleia de cidadãos de Lisboa, afirmando que a cidade "já tem uma assembleia" e "é uma verdadeira casa da democracia".
O deputado do PSD António Prôa recusou a ideia de que "a Assembleia Municipal se possa transformar numa espécie de montra ou espetáculo itinerante", considerando que não há qualquer problema de distanciamento com os cidadãos e manifestando disponibilidade para ponderar a alteração do horário das reuniões.
O social-democrata disse ainda que a moção do PS passa por "ir atrás de um populismo e de uma simpatia fácil, mas que não ajuda à credibilidade".
"Fazer até seis sessões de Assembleia Municipal descentralizadas por ano, de forma que no final do mandado se tenha percorrido todas as 24 freguesias do município", é um dos pontos da iniciativa socialista, assim como a ideia de que as ordens de trabalhos dessas reuniões "tenham uma agenda própria mais focada na participação do público, bem como nas respostas que os partidos e a Câmara Municipal de Lisboa possam dar aos munícipes".
Outras das iniciativas aprovadas pela Assembleia Municipal de Lisboa foi a recomendação do PS para o aumento dos postos municipais de testagem à Covid-19, para que o executivo camarário "crie sete novos postos", no sentido de reforçar a capacidade diária de testagem e a aumentar e melhorar a cobertura geográfica da cidade.
"Que os novos sete postos municipais de testagem tenham a seguinte localização, os quais permitem reforçar a capacidade de resposta em várias freguesias em simultâneo", nomeadamente Alcântara, Alvalade (cidade universitária), Beato, Carnide, Marvila, Olivais e Santa Clara, lê-se na recomendação, que foi aprovada com os votos a favor de BE, Livre, PEV, PCP, a deputada independente Daniela Serralha, PS, PAN e MPT e a abstenção de PSD, IL, PPM, Aliança, CDS-PP e Chega.
A Assembleia Municipal viabilizou também a moção do PEV pela defesa de um serviço postal público e de qualidade, que teve os votos contra de PAN, PSD, IL, PPM, Aliança, CDS-PP e Chega; a recomendação do PEV pelo reforço do investimento na Escola de Calceteiros e valorização da profissão de calceteiro, que foi aprovada por unanimidade; e a recomendação dos dois deputados independentes Daniela Serralha e Miguel Graça pela reavaliação do impacto da medida da redução do tarifário da Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL), com os votos contra de PSD, IL, Aliança, PPM, CDS-PP e Chega.
A moção do PCP "pelo reforço do Serviço Nacional de Saúde, assegurando o seu caráter público, geral, universal e gratuito", foi rejeitada, com a abstenção de PS e MPT e os votos contra de PSD, IL, PPM, Aliança, CDS-PP e Chega.
Durante a reunião, os deputados municipais fizeram referência às recentes agressões a dois agentes da Polícia Municipal de Lisboa, considerando que tal "é inadmissível" e que está em causa uma sensação de insegurança na cidade.
Foram também aprovados votos de pesar pelo falecimento de Desmond Tutu, do Padre António Pedro Boto de Oliveira, de João Paulo Cotrim e de Maria Lourença Calção Cabecinha.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.