Secretário-geral do PCP reagiu às declarações de Marcelo, quando questionado acerca da posição do PCP sobre a guerra.
Jerónimo de Sousa responde a Marcelo e diz ter 'muito orgulho' em ser português
O secretário-geral do PCP manifestou este sábado ter "muito orgulho" em ser português e "solidariedade" para com os que sofrem com a guerra na Ucrânia, insistindo na "posição coerente e honrada" do partido em defesa da paz.
Em declarações aos jornalistas em Beja, durante uma visita à feira Ovibeja, Jerónimo de Sousa reagia às declarações do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que esta sábado, quando questionado acerca da posição do PCP sobre a guerra, afirmou: "'Somos todos ucranianos'. Se quiser eu posso corrigir, somos quase todos ucranianos, há alguns que não são".
"O Presidente da República usou uma expressão, lá saberá o significado e toda a sua dimensão. Aquilo que eu quero dizer é que eu tenho muito orgulho em ser português", afirmou o líder dos comunistas.
E "ser português, ser patriota, implica naturalmente a solidariedade com aqueles que sofrem, designadamente aqueles que são vítimas da guerra, os civis", continuou, frisando que o PCP "condenamos" o "ataque àqueles que, no quadro civil, poderiam naturalmente manter a sua vida com normalidade".
Questionado pelos jornalistas sobre comentadores dizerem que a posição do PCP sobre a guerra pode ser a "machada final" no partido, Jerónimo de Sousa respondeu: "A posição do Partido Comunista Português é uma posição coerente e honrada".
"Nós queremos a paz, não queremos a guerra e, isso, não nos perdoam, mas cá estamos, porque temos a certeza que a maioria do povo português pode estar até com este ou com aquele, mas há uma coisa que ama, a paz, e detesta a guerra e essa é uma convicção profunda", frisou.
O "posicionamento" do PCP é "claro" e "contra a guerra, pela paz", frisou, defendendo que para resolver o conflito entre a Rússia e a Ucrânia "tem que haver um grande empenhamento".
"Em vez de falar sempre em armas, o que se deve procurar fazer é que dialoguem, procurem uma solução negociada, exerça-se a diplomacia", defendeu, vincando que os comunistas estão "profundamente convencidos de que isso é possível".
No entanto, "as condições podem não estar criadas", alertou, referindo que ficou "preocupado, por exemplo, com a decisão do Papa Francisco [de] achar que não tem condições para promover a paz".
"Mas acho que se deveria continuar a fazer um esforço de todos aqueles que amam a paz e que são contra a guerra [para se] conseguir uma solução pacífica e negociada", insistiu.
Questionado sobre o facto de o secretário-geral da ONU, António Guterres, ter enviado cartas aos presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pedindo-lhes para ser recebido em visitas a Moscovo e a Kiev, Jerónimo de Sousa disse que "uma das missões mais importantes" daquele responsável é "procurar a resolução dos conflitos" e "promover a paz".
"Com certeza vai animado por esse objetivo. Fazemos votos para que consiga cumprir a sua missão, [que] se dê passos adiante para procurar uma solução que termine com a guerra e encontre a resposta para toda aquela região do leste", afirmou.
Jerónimo de Sousa considerou que não houve uma invasão da Ucrânia pela Rússia, mas sim "uma operação militar" que o PCP "condena".
"Há uma guerra, isso é incontornável", frisou, esclarecendo que "é claro para o PCP que estamos perante uma Rússia capitalista" da qual "o PCP claramente se demarca", "não tendo nada a ver" com Putin.
Aproveitando a visita à feira agropecuária, o líder do PCP exigiu ao Governo "medidas concretas, apoios e soluções capazes de responder" às necessidades e aos problemas dos agricultores, sobretudo devido ao aumento dos custos dos fatores de produção.
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